terça-feira, 7 de julho de 2015

VERSOS 2

2.
Quem dera fosse eu uma folha
Insignificante sob os Teus pés de lótus,
Ou um grão de poeira nos caminhos de Vrindavana...

Seria a consagração, meu corpo atual
Feito de pele, ossos, muco e sangue
Passaria a ser apenas uma união simples de átomos,
Mas meu espírito seria pleno
Da boa aventurança transcendental...

Procuro-Te nos seres, nas gaivotas
Que descrevem seus vôos, nas abelhas
Que polinizam suas flores, nas vespas inquietas,
Nas vacas que ruminam seu alimento,
Procuro-Te nas nuvens enegrecidas,

No som do mantra, nas quedas d'água,
No despertar da primavera tardia...

Encontro-Te em tudo, e tudo és Tu.
Respiro-Te nos ventos e sinto imensamente
A Tua presença no Bhagavad-Gita.

Inibo-me na presença dos devotos
Como quando preservamos um tesouro...
Apesar de muito solitário, sinto
Toda a felicidade de Te ter no meu peito.

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