Que
se tenha consciência, pois a poesia não morre a quem existe,
Dentro
do que se suponha que sempre existiu em sua latência ou não
Para
que o paradoxo nos mostre que a luxúria também é cárcere...
Compramos
muito, agradamos aos sexos, pontuamos memórias, e nos vemos
Dentro
de uma selva material onde bastilhas encravadas no nosso ser
Revelam
insopitáveis destinos onde os mais presos são efetivamente
Os
que revivem a simples liberdade de estarem no paraíso, qual inferno
Em
que consumimos o mesmo fogo de kundalini ao fecharmos o ciclo
De
uma busca hedonista onde quem ganha é propriamente o sistema
Que
através de sua especulação material manipula nossos ventres
Dentro
de um coração refrigerado que verte na mesma pulseira de aço
A
semântica que não gostaríamos sempre que fosse desse modo
Ao
que pareça estarmos dentro de um moto contínuo enquanto o tempo
Se
esvai nas gotas de nossa superfície onde quando se pensa que a poesia
Morre
a cada segundo, mas que no viés a construção de seus períodos
Se
presta a uma interpretação anódina onde as traições ponteiam
Na
repetição eterna de um retorno que não há na face mesma da história!
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