domingo, 12 de julho de 2015

VERSO 12

12.
Sou qual uma pequena e finita estrela
Navegando por uma selva material...

Da vida tenho um bem inigualável
Que é o que sou, o espírito, alma
Vestida por um tosco corpo, este
Que me envolve nas transformações
De uma matéria inerme e oca,
Me pondo à prova...

Tento me desapegar,
Mas os sentidos por vezes vêm
Em turbilhão, e a luxúria me pega
Desprevenido, como a uma corça solitária
E vulnerável no campo.

Quando escapo dos ditames de Maya,
Comemoro como se fosse sempre
O primeiro de incontáveis instantes
De minhas tentativas rumo à liberação.

Escrevo versos solitários, mas quero
E devo escrever somente a Ti, Krsna,
Deus onipresente em meu pobre peito
E nas vicissitudes dos sofredores,

Dos caídos e, mais ainda,
Naqueles que Te buscam, no sagrado,
Nos que tentam como eu se aproximar
De Ti, Óh Personalidade inconcebível!

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