Perdão a todos que se me abraçasse a
loucura. Que me abraçasse forte, sem reticências, pois se há de ser um pouco
louco – nem por isso tanto – que seria bom de ver aos companheiros de jornada
nas ruas abraçando a si mesmo sem a convenção de qualquer laivo hipócrita... O
de se escrever é mais, carregando o escritor suas palavras aonde quer que esteja,
pois não é necessário um pincel, querosene e as tintas. Basta uma pena, que
escreveria com o meu próprio sangue... É de lutas o falar-se, pois a palavra
será maior do que quaisquer quedas, a não ser que apaguem as lâmpadas rompendo
seus bulbos. O tirocínio do trabalho per si não dará a retaguarda única de
nossos propósitos de vida, pois acima das questões trabalhistas residem outras
de inequívocas importâncias. A existência de um homem por vezes estranha uma
sociedade em que muitos não se encontram na profética assepsia dos desatinos
convexos, profundamente abertos ao mundo externo de cada ser, a ser da introspecção
algo mais raro, posto obviamente muitos não terem tempo sequer para parar,
meditar ou outro modo da mesma retaguarda existencial. De outra feita, não será
possível engessar os braços e mãos da autoria, pois como Borges, cego, ainda
existe o dita-fone.
Na verdade, peço mais um perdão que
me seja concedido, desta aos devotos quais sejam, que por vezes não relembro
bem como me associar com outros que não suspendem meu pensamento que não fora
mais o suficiente a compartir da mesma semântica dos pensamentos coloidais, na
superfície tênue de uma água e suas experiências de placebos... Como algo
inconsciente, vejo apenas que meus companheiros de enfermidades saibam da
realidade deles a que me aproxime mais do que estejam apenas dialogando –
graças – com a esperança... Apenas, que me perdoem novamente por uma assertiva
quase lunática, acredito que os vigamentos das palavras possam estar ligados, aí
sim, como em se plasmando o que se é de manter como patrimônio, deste que vos
fala e nunca o deixará de fazer, nem que o seja com apenas algumas sílabas sem
conexão!
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