quarta-feira, 22 de julho de 2015

VERSO 23

Inumeráveis folhas de Vrndavana povoam meu coração,
Em que o vento as muda, no que respiro como devoto...

Mudas o sentimento de sentir-me, tal qual um néctar
Que bebo em êxtase ao saber-Te em meu peito!

Carrego um fardo extenso em meu ombro,
Assim como quem clama que o seja
Para que meu Karma queime na lava de meus pecados
De tantas vidas cometidas em infortúnios diversos...

Aprumo a quadriga, que sempre estarás comigo
Em outro Arjuna que é o mesmo em que não esqueço
Mas de esquecer-me relembro apenas que estás comigo!

E assim vivo, mais nestes versos do que em especulações
De uma matéria em que a própria natureza dita
O que tem que ser dito, mas que não sacrifica
De miséria, mas de iluminação no coração dos aflitos...

Sigamos, pois, que Tu sempre serás toda a minha vida
Em que recrudesço meu sentimento onde a paz
Já faz morada dentro de um gesto onde reflito Teus dias
Que são imensos, posto que És o cordão das pérolas da vida!

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