Retrai-se
um homem em uma esquina, quando vê que outro o acompanha
Com
sorrisos ferozes de escárnio onde nunca seria a mesma quinta-feira...
De
uma voz, ouve-se a mulher, cantando, mais um verso, espalhando
Algo
em se dizer no apartamento ao lado, a mais do que um veludo lilás...
Sabe-se
que não se espera por vezes, um que anuncia uma primavera
Em
que forças temem que esta chegue com suas cores normais
De
que seriam das próprias flores, a que não se remeta o cabal
Antes
de sabermos que um estrangeiro não sabe sempre o idioma...
De
tudo antes, que as antenas de Pablo saberiam mais do que a poesia
Quando
Guernica se pronuncia dentro de nossos lares, a saber,
Que
a própria pronúncia de Franco demonstra uma ilha a se resistir...
Não
haveremos de ser totalmente seguros na parafernália da lentes,
Não
haveremos de não podermos nos beijar sob um semáforo de monóculo
Quando
soubermos que o amor brota quando nos amamos mais do que tudo!
Seria
fácil o de se dizer, mas que a máquina sobrepõe um véu tênue de chumbo
Em
que saberia algo um homem que anda sobre os vértices de não temer
O
que talvez devesse por desconhecer a própria geometria do caminho...
Algo
no ar já não está no ar, está no recorte do jornal, está no sky line,
Algo
está em uma massa que não prediz o futuro, pois que este vem embalado
Por
sensores que embalam as consciências dentro do ser do nada.
Camus
revive um profético desatino de sua própria Argélia
Quando
saibamos que somos todos na igualdade de véspera
Aonde
se espera que estejamos quase prontos a anunciar um monstro...
A
arte brota, e Isabelita Allende mostra seu sorriso de escritora
Entre
tantos que sabem do que se pretende no nosso pretérito
Na
construção de uma esperança de um tempo verbal não subjugado!
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