segunda-feira, 29 de abril de 2019

O CAMPO DA TERRA



O que seria significar o campo o alvitre da terra, seu húmus fecundo
No tanto da vertente das águas, que regue, que – pasmem – flutue
Um nicho de gramínea, e que as formigas subam pelos troncos secos
Nos cipós de qualquer lugar, por onde se deseje o alvorecer Natural!

Na causa e no efeito, no sentir as plátanas femininas de outro consorte,
Na via indiscreta dos caminhos, no que verse mais um verso, seja cinco
Um número sem sentido, mas a sentir que é gigante perante as trevas
Onde por vezes milhões e milhões residem confortavelmente no cru.

Sim, por quais navegares inconclusos, que o barco possui um capitão,
Pois se tal não fosse não haveria a hierarquia entre patentes iguais,
Naquilo que precede o operar-se concluso, o dia que teve o seu final,
A missão nada indiscreta de mais contatos que perfazem quase um perfil…

Mas que o campo fale mais um pouco da terra, algo abraçada, algo sensata,
Um cadinho de ourives antigo, um escritor alquimista, uma ciência abraçada
Com a pertinência de se estar na espera de um resultado, seja o DNA ou não
Algum RNA escondido no núcleo que muda a dimensão mesma da reprodução.

Que de ciência soubéssemos mais, que de ciência pudéramos fazer um rádio
No escopo de que o mesmo canal revela uma outra questão surpreendente
De que nada do que se faz de comunicação surpreenderia os antigos meios
Na própria linearidade mais longa que encerra significados de maior profundeza!

Que se espere a terra, pois da terra semeia-se o pão, não importando se quem diz
Que o panorama do alimento tenha que ser modificado, pois a modalidade
De uma produção em países de terceiro mundo, ao menos recebe a teocracia
Naquele sentido atávico de que todo o alimento é sagrado, mesmo usando a química…

O que se apanha da terra é o caule de todas as gerações, estas que vieram a ver frutos
De frutos e frutos, sem distinção de etnias, posto que no alvorecer da montanha
Esperam os seres que a troca relembre a antiga conduta em permas culturas formadas
Pelo transitar simples dos simples, algo que não provoca a contenda, visto produção.

Nessa continuidade produtiva, está o silêncio de noites que não se escrevem no tom
Único de uma transição positivamente liberal, pois é em um lugar que possui o húmus
Que se faz de África um painel maior do que os nossos costumes, na única relação
Em que por vezes um viandante da ignorância simplesmente na cidade não estaciona.

Mas que não se revele o cáustico saber de que algo porventura estaria incorreto,
Em uma sanha de transformação da terra em chumbo, em ferro, em estanho,
Posto ser na origem mesma da mesma terra em que caminhamos sobre o petróleo
Alguma terra que se valia na produção de uma fava, nos esquecimentos de quem fomos!

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