A
máquina pede rodas dentadas, como quem sussurra um sonambúlico
sonho
E
tudo o que vemos é um olhar de soberba, que vem de cima de seu
preparado
Cunho
da força que não revela, mas sobressai de seu modo algo turvo de
atuar.
Peças
de aço, peças com roldanas, o nó das velas da embarcação, o
nódulo de cal
Na
ferrugem inconstante mas eterna de ausências do óleo, e que se
ressente a mais
Por
não se ter o que fazer no consonante desatino de qualquer outra
atmosfera!
Pois
sim, que no sorriso inquieto da fera, vemos estranhos fantoches
noturnos
A
alicerçar as forças que a máquina pede, em suas engrenagens de
outros desatinos
No
que tange a nos pronunciarmos em bom português, pois que não urge
tradução!
A se
pedir algo de montante reverso, a se tratar de alguma lei da
legalidade anunciada,
Vemos
por hora que algum combatente não faz senão tratar de usar de suas
armas
Por
encima da vontade popular, a se fremir da ordem dada uma questão
porém principal.
Não
que não sussurramos a palavra ordem sem estarmos imaculados em seus
princípios
Quando
o que se quer que se tenha é algo de monta maior, uma página em que
se verta
A
Verdade do não sermos quase nada a não ser que fôssemos algo a
mais do tudo…
Que
estas letras encontrem algum destino, que não revelemos o quinhão
falso da alvorada
Posto
das lacunas de uma estrada que seja de todos, vemos uma perícia em
não saber
Nem
ao menos o que esteja por debaixo de um pano quente de uma fruta
quase madura.
Nem
todo o sofrimento humano pode com calçar as roupas inquietas de um
descaso,
A
saber, que muitos querem abraçar o próprio sofrimento alheio com as
tenazes de querer
As
veias de um braço que apenas oferece de seu sangue pátrio por
dentro das lacunas cruéis.
As
vitrines do tempo são eternas, e todo o instante de uma simples
indagação cravada e dura
Reside
em um tempo algo eterno que transuda o suficiente para que ocultemos
as jaças
Na
dura joia de um olhar falsamente terno, porquanto a mente se
assoberba de pensamentos crus.
No
exato momento em que estivermos sob o ataque que infunde a carência
de modo imposto
Saberemos
talvez que não é partindo de uma alocução refratária que a
janela do pensamento
Exporá
tudo o que talvez sejamos na partida de uma estratégia em que nos
concedamos um destino.
Posto
o destinar-se saber mais da aurora em que jamais pensamos, senão
agimos, mesmo
Que
a um olhar de ódio travestido de ternura encerre a fraca sinceridade
em que a teia envolve
A
formiga que não passa de ser algo mais forte e teimosamente belo do
que a tessitura do tempo!
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