A
princípio, temos um panorama que enfraquece as iniciativas de
segurança pública no país. O que viria a ser propriamente isso? No
que se refira ao andamento de se manter ao menos as instituições na
normalidade, a ponto de sabermos crer na possibilidade dos diversos
modais do assunto em prol do bem-estar da população. As mãos
limpas, esse é o trabalho a ser sistematizado em todas as nossas
frentes de atuação. Para si e para outrem, a si mesmo e ao próximo,
e que o próximo não esteja em latitudes distantes da realidade que
urge a que seja ao menos compreendida em seus aspectos por vezes
bizarros, mas que sempre se teça considerações a respeito.
Empregando um paradigma da história das nações, a cultura de um
povo só faz melhorar as relações deste com os poderes, pois versa
na vida o que vem a agregar, seja o conhecimento acadêmico, as aulas
de história, de matemática ou o arcabouço filosófico pensante dos
que possuem talento para tal. Uma grande esperança deve ressurgir a
partir da democratização do conhecimento, que vem a participar aos
cidadãos a disseminação e o diálogo fremente que nos leve ao
saber, desde uma língua estrangeira até o acorde de um violão.
Não
seria pedir demais que um artista tivesse seu reconhecimento por
estar envolvido com a criatividade, não apenas nos desenhos ou artes
visuais, como na música, teatro e cinema. Termos a cultura com ponto
pacífico ajuda a pacificar e dar esperança aos povos das
periferias, em que o trabalho em seu favor através do voluntariado
ou fundações de amparo realmente rende frutos onde não apenas se
utilizaria a religião como pano que se abre ao espetáculo de vida
que queremos. A saber, que um quando sabe ler uma boa literatura, ou
ensinar a sua compreensão do assunto merece o respeito a ser
reverenciado a qualquer modalidade dos ensinamentos que podem
continuar merecendo a atenção quase absoluta, porque portanto
verdadeira. Acabar com a cultura dos povos – como se diz usualmente
– não é bom negócio, e nem negociar com a cultura, a não ser em
uma economia mais solidária, onde quem quer uma peça de arte possa
ter acesso à sua posse, porquanto de valores relativamente
acessíveis. Um pote de cerâmica, um cesto de vime, uma escultura em
terracota, um quadro a óleo, um desenho a nanquim, um traço
qualquer, uma mensagem, pensem, não deve haver muitas fronteiras na
arte, pois esta chega, na imagem ou no texto a quem quisermos que
chegue, mesmo sabendo que nem todos os caminhos levam à Roma, mas
que o Império ao menos seja mais solidário com esse assunto
cultural. Nem há como comparar as coisas, mas o que se cogita de um
país como o nosso é que seja sempre lembrado a partir de suas
raízes, e anciães que neste rincão do planeta vivem já trazem
consigo um legado vivo que merece o respeito e a atenção das
gerações que nada sabiam ou nada sabem do que foi produzido
culturalmente ao longo da nossa história. A cultura é viva, nunca
se pode apagá-la, nem proibi-la da forma como há pessoas que
relacionam-na com um tipo de mal social, ou com a pecha de perfis
ideológicos ou coisas semelhantes. Na verdade, a ideologia existe,
tanto na esquerda como na direita, se é que teimam em classificar
linhas tênues que se tornam tenazes com esses rótulos, mas o que
existe na questão do conhecimento, das técnicas tecnológicas das
artes visuais ou similares, é se este – o conhecimento – existe
ou não, se os artistas compreendem a teoria das cores complementares
e harmonização cromática, se os técnicos de som compreendem a
versatilidade e universalização da música, a saber, que mesmo na
modalidade da cultura industrializada, ou utilizado e manufaturada
com a ajuda de softwares, saibamos que o país igualmente tem força
para conseguir ou tentar ao menos esse diferencial qualitativo. Um
software como o Premier, como o 3D Max, softwares de paginação,
fazem sempre do design brasileiro – ou como idealmente se queira
permitir – um setor de atuação com potenciais criativos, quem
sabe, até de segundo mundo, que seja, se é que se pode definir
exatamente essa nomenclatura…
Não,
não se quer que falhemos na arte, do design, no cinema, mas daqui a
pouco teremos que pedir ajuda a Timbuctu se quisermos produzir
qualidade e bons conteúdos de arte e cultura. Pois do modo em que se
enxerga a não possibilidade, como inferência ou assertiva negativa
com relação à produção, técnica, conhecimento e oportunidade do
fazer cultural, teremos que partir do zero, ou seja, a cada qual um
lápis, a cada morador da periferia ao menos um caderno e caneta, e
partir a ensinar como se fôssemos, e somos, os heróis do melhor
combate que pode haver neste planeta, em países subumanos como o
nosso, antes de apagarem – tarefa impossível, mesmo na terra plana
– as iniciativas que levem a uma retórica de conhecimento genial e
pouco provável na história das civilizações com o nosso país,
pois temos uma bagagem cultural inextinguível e canais de
comunicação que devem dar o exemplo para que ao menos em telas
relembremos os costumes mais ousados e lindos de nossa história.
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