Como um temor de estar ausente,
um temor de que palavras não alcancem nada, está nas linhas o
verbo, qual seja, quiçá não conjugado, e nada tendo a ver com a
criação dos textos mais lidos do mundo. Não, que porventura uma
pessoa compreendesse essa latitude incerta, porém é através do
tato que uma pessoa aprende a ler e igualmente é através do “tato”
do olhar sobre as letras que se continua a progressão da leitura. O
aprendizado que conhecemos por uma escola que não cursamos
oficialmente, mas que pertence ao domínio do mundo, pode ser
ampliada pela curiosidade ou vontade mesma da expressão. Essa
vontade pelo dominar-se o saber é recorrente aos espíritos mais
perscrutadores e, em outra parte, deve-se saber que nunca será
suficiente saber tudo de algo, mesmo porque o conhecimento é
dinâmico em todas as suas frentes, e esse diálogo com novos
procedimentos que fazem funcionar as coisas em nosso redor é que nos
permite um progresso existencial. Nada do que se pode saber em
circunstâncias hostis, com atitudes rancorosas permitirá esse
diálogo que deve fluir conforme um debate constante ou internamente
em cada qual, ou em uma conversa informal entre duas pessoas ou mais.
A
gana de se comunicar, de se expressar, é natural em seres gregários
como nós. Há situações onde, por uma questão de estar vivendo
mais recluso, um homem escreva como um recurso de falar a mais gente
ou mais autenticamente sobre assuntos de interesses diversos, ou
mesmo criar uma ficção em um romance, ou na arte poética, sempre
considerando que a linguagem escrita é algo profuso e transformador.
Dá um conforto imenso a um escritor saber que as palavras conferem
um poder de acompanhá-lo não apenas na produção de um texto, mas
no seu dia a dia no trato com as pessoas. Usar de seu dote
intelectual não o impede de ver na simplicidade ou mesmo na
ignorância alheia seara fértil na coabitação de qualquer aldeia,
vila, bairro ou cidade. A não ser que se anteponha tamanhos óbices
que o impeçam de ao menos escrever algumas linhas, a arte da escrita
e sua necessidade não nutrida, torna o escritor um refém de sua
impossibilidade algo de imposição ou circunstância. Quando há um
feed back
favorável, agora em nossos tempos com o meio digital que faz levar
ao redor do mundo qualquer mensagem, há que se entusiasmar – os
escritores – pelos processos contemporâneos que vinculam o
comunicador ao seu público leitor. Pois as palavras ou mesmo um
texto extenso que de algum modo chegam a um público aglutinam o
fruir de qualquer lado, seja na filosofia, em um ensaio, etecetera,
desde que devidamente sério em sua responsabilidade expressiva,
quando isso confere com demandas mais profundas e intelectualizadas,
na assertiva cabal de ser boa literatura. Esse propósito é
universal, posto tentar colocar o melhor da arte no leito digital ou
no papel.
As
palavras são um universo tão autentico nas diversas linguagens que
porventura podem estar sendo utilizadas... A descrição de um
projeto, por exemplo, ou a explicação jurídica sobre um processo
são apenas dois exemplos que ilustram a importância das letras em
qualquer país. Portanto, um povo que saiba ler e escrever
corretamente merece uma posição de destaque no panorama cultural do
mundo, já que a carestia da comunicação de alto nível passa
igualmente por todos os rincões da Terra. Essa atenção de ordem
cultural deve ser obrigação do Estado, posto este deverá facilitar
ao máximo a oportunidade, sobretudo para aqueles que nada possuem ou
possuem muito pouco, ou seja, a grande maioria.
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