A
ciência em si é uma ferramenta cerebral em que nos apoiamos para
reinventar e criarmos novos paradigmas, seja no gerenciamento da
produção, ou mesmo nos benefícios em locais em que falta a
tecnologia e onde pode se medir a altura ou amplitude do engenho
humano. Realiza enormemente o ser que é beneficiado por ela e
reflete de alguma forma vários objetos inventados, e muitas modos de
utilizá-los de maneira própria, a que se tenha igualmente a ciência
de cada qual para manejar correta e habilmente seus recursos. Na
proposição inevitável de seus aspectos negativos, temos por vezes
errado em não sermos sustentáveis na obtenção de recursos
naturais, pois aí reside a questão tão ou mais importante de
tentarmos ao menos saber – de dentro para fora, de baixo para cima
– quais são as motivações que porventura possam levar a
desfechos trágicos em quaisquer territórios onde se faz
primeiramente a pesquisa e depois a intervenção extratora, sem
pensar na segurança e bem-estar dos circunvizinhos. Talvez seja um
lado turvo da moeda, mas que esta gira em torno gira, realmente…
Afora
os desatinados atos que a ciência pode causar, temos que ver seus
lados que prometem facilitar muito a vida das pessoas. De modo em que
cause o bem-estar de um insight, a perfeição de um bom resultado, a
elevação das técnicas da arte e a facilitação de nossos direitos
e deveres como cidadãos do mundo. Mesmo porque, com o advento das
novas tecnologias de comunicação o planeta vai girando para todos,
sem as fronteiras inexpugnáveis de outros tempos, por exemplo,
quando os nobres se cercavam dentro de um castelo, ou quando o ser
proprietário era mais rígido e mais inflexível. No entanto, causa
certo espanto a velocidade em que novas modalidades técnicas surgem,
e uma corrida inevitável para açambarcá-las ocorre vertiginosamente. A fé supõe que vejamos em várias vertentes
documentos, filmes, ritos, imagens sagradas e um contato mais direto
com a espiritualidade, também através da rede digital, e assim por
adiante, sem reservas, no panorama quase imediato de nossas buscas ou
pesquisas, nos nossos contatos com amigos e parentes, no perfil
substancial – semântico – do próprio perfil dessa imensa
indústria. Como um rebatimento onde quiçá a separação daqueles
que possuem acessos os mais variados competem inconscientemente com
aqueles que não pertençam a esse gáudio das comunicações e
manejo por vezes irresponsável das informações. Não resta que
queiramos apenas, mas a relação da realização consistente entre
nossas atitudes de trabalho responsável nas variantes científicas
torna mais fácil – por exemplo – que saibamos o que fazer dentro
de cada setor, nunca abraçando o todo, pois isso é tarefa quase
infinita, sobretudo no domínio dos pesquisadores científicos, como
na disciplina da física, onde os avanços são causais e pertinentes
aos problemas e soluções encontrados na Terra.
A
realização intelectual também pode ser vinculada aos avanços da
ciência, mas temos também a compreensão do que foi o pensamento ao
longo da história para saber ao certo como antigas ferramentas –
muitas perduram até hoje – desenvolveram a técnica e o saber
humanos. Esse encontro com a ciência já vem desde quando o ser
humano descobre coisas como a função de um osso como arma e
alavanca. Com isso pôde caçar e sustentar seus clãs e construir a
proteção necessária em suas cavernas, já quando o fogo se fazia
presente… Depois veio a roda e etc, os animais de tração, em
síntese, na visão da antropologia ou da história da existência
humana. Mesmo porque, o que assistimos hoje é uma variação
histórica da tecnologia tão grande que remete a muitos e profícuos
usos dela na concepção de que as ferramentas modernas galgam
vertentes inumeráveis, servindo à espécie e muitas vezes
destruindo o planeta, tal qual o vemos hoje, o que ameaça a própria
natureza humana, tornando uma era de realizações onde se dá o
oposto quando mal utilizadas – as ferramentas. A princípio, temos
na agricultura modalidades surpreendentes em termos de produção,
como o plantio vertical. Podemos ter esperança de que a fome no
mundo possa ser equacionada com mais produção de alimentos no
aproveitamento de espaços possíveis e importantes como resultado
das pesquisas nesses setores. Com os recursos hoje maravilhosos e as
boas atitudes de quem possui gana de melhorar a sociedade como um
todo e utilizar esses recursos com o máximo de aproveitamento. Com a
gestão de arquiteturas, a conquista de energias renováveis e a
vontade política para fazer acontecer esse desenvolvimento
sustentável em torno do planeta. Evitando, no entanto, utilizarmos processos
antigos que inviabilizem o viver em harmonia, criando frustrações
endêmicas e males psíquicos que vêm a se contrapor às realizações
materiais e espirituais que a ciência pode proporcionar na sua
função primeira, que é servir às populações de modo correlato.
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