terça-feira, 23 de abril de 2019

CIÊNCIA E REALIZAÇÃO PESSOAL



          A ciência em si é uma ferramenta cerebral em que nos apoiamos para reinventar e criarmos novos paradigmas, seja no gerenciamento da produção, ou mesmo nos benefícios em locais em que falta a tecnologia e onde pode se medir a altura ou amplitude do engenho humano. Realiza enormemente o ser que é beneficiado por ela e reflete de alguma forma vários objetos inventados, e muitas modos de utilizá-los de maneira própria, a que se tenha igualmente a ciência de cada qual para manejar correta e habilmente seus recursos. Na proposição inevitável de seus aspectos negativos, temos por vezes errado em não sermos sustentáveis na obtenção de recursos naturais, pois aí reside a questão tão ou mais importante de tentarmos ao menos saber – de dentro para fora, de baixo para cima – quais são as motivações que porventura possam levar a desfechos trágicos em quaisquer territórios onde se faz primeiramente a pesquisa e depois a intervenção extratora, sem pensar na segurança e bem-estar dos circunvizinhos. Talvez seja um lado turvo da moeda, mas que esta gira em torno gira, realmente…
          Afora os desatinados atos que a ciência pode causar, temos que ver seus lados que prometem facilitar muito a vida das pessoas. De modo em que cause o bem-estar de um insight, a perfeição de um bom resultado, a elevação das técnicas da arte e a facilitação de nossos direitos e deveres como cidadãos do mundo. Mesmo porque, com o advento das novas tecnologias de comunicação o planeta vai girando para todos, sem as fronteiras inexpugnáveis de outros tempos, por exemplo, quando os nobres se cercavam dentro de um castelo, ou quando o ser proprietário era mais rígido e mais inflexível. No entanto, causa certo espanto a velocidade em que novas modalidades técnicas surgem, e uma corrida inevitável para açambarcá-las ocorre vertiginosamente. A fé supõe que vejamos em várias vertentes documentos, filmes, ritos, imagens sagradas e um contato mais direto com a espiritualidade, também através da rede digital, e assim por adiante, sem reservas, no panorama quase imediato de nossas buscas ou pesquisas, nos nossos contatos com amigos e parentes, no perfil substancial – semântico – do próprio perfil dessa imensa indústria. Como um rebatimento onde quiçá a separação daqueles que possuem acessos os mais variados competem inconscientemente com aqueles que não pertençam a esse gáudio das comunicações e manejo por vezes irresponsável das informações. Não resta que queiramos apenas, mas a relação da realização consistente entre nossas atitudes de trabalho responsável nas variantes científicas torna mais fácil – por exemplo – que saibamos o que fazer dentro de cada setor, nunca abraçando o todo, pois isso é tarefa quase infinita, sobretudo no domínio dos pesquisadores científicos, como na disciplina da física, onde os avanços são causais e pertinentes aos problemas e soluções encontrados na Terra.
          A realização intelectual também pode ser vinculada aos avanços da ciência, mas temos também a compreensão do que foi o pensamento ao longo da história para saber ao certo como antigas ferramentas – muitas perduram até hoje – desenvolveram a técnica e o saber humanos. Esse encontro com a ciência já vem desde quando o ser humano descobre coisas como a função de um osso como arma e alavanca. Com isso pôde caçar e sustentar seus clãs e construir a proteção necessária em suas cavernas, já quando o fogo se fazia presente… Depois veio a roda e etc, os animais de tração, em síntese, na visão da antropologia ou da história da existência humana. Mesmo porque, o que assistimos hoje é uma variação histórica da tecnologia tão grande que remete a muitos e profícuos usos dela na concepção de que as ferramentas modernas galgam vertentes inumeráveis, servindo à espécie e muitas vezes destruindo o planeta, tal qual o vemos hoje, o que ameaça a própria natureza humana, tornando uma era de realizações onde se dá o oposto quando mal utilizadas – as ferramentas. A princípio, temos na agricultura modalidades surpreendentes em termos de produção, como o plantio vertical. Podemos ter esperança de que a fome no mundo possa ser equacionada com mais produção de alimentos no aproveitamento de espaços possíveis e importantes como resultado das pesquisas nesses setores. Com os recursos hoje maravilhosos e as boas atitudes de quem possui gana de melhorar a sociedade como um todo e utilizar esses recursos com o máximo de aproveitamento. Com a gestão de arquiteturas, a conquista de energias renováveis e a vontade política para fazer acontecer esse desenvolvimento sustentável em torno do planeta. Evitando, no entanto, utilizarmos processos antigos que inviabilizem o viver em harmonia, criando frustrações endêmicas e males psíquicos que vêm a se contrapor às realizações materiais e espirituais que a ciência pode proporcionar na sua função primeira, que é servir às populações de modo correlato.

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