sábado, 27 de abril de 2019

ADIANTAR-SE O TREM



Do trem algo de tração que não encontra os trilhos, que fosse melhor em haver
Do que galgar estradas costuradas por remendos em que não se encontra bem pago
O pago das desditas, um cavalo baio pelas paragens, e que não recrudesçam no que há
Do verbo não haver, porquanto um soslaio no sorriso de um olhar não encontra a paz.

Dessa malícia de máquinas, desse obtemperar-se um filamento de luz algo tíbio
No que se predisse de iluminação que aflora-se apenas o se ver de um tipo de onda
Quando se supõe que as mesmas ondas não quebram em todos os rochedos
A se saber de que há recifes onde o mar voluteia mais forte do que em Gibraltar.

Adianta-se um trem, que fosse algo a mais, uma dúzia de vagões ajudariam
Na tarefa de se saber que o tempo não desloca mais ar do que o empuxo
De qualquer modo assaz permanente na diferença em que se encontra um eixo.

Do rotor encapsulado por uma caixa férrea, do século de antes, mas a mesma máquina
Sobrepõe saberes anunciados por vértebras distantes e profundamente sóbrias,
Quanto da moldura de um quadro em que não encontramos sequer a arte!

A ver, os paus constroem a canoa, a embarcação vai para o ancoradouro e os peixes
Não esperam a mesma pesca algo de metáfora em que um caminhão verte um ouro
Na vestimenta de seixos quase amarelos de minas já cansadas e, no entanto, profundas.

O aluvião do transporte milenar, de se – quiçá – transportar gente, não se dá como um
No tempo em que uma panela servia para servir, e hoje reside tostada do carbonismo
Em que o fogareiro sequer serviu para adiantar que se cozinhasse aipins sem poemas.

Naquilo de se pensar que a vida sem sinceridade é tarefa meio de titãs descalços,
Verte o mundo da anticultura em nada fazer de nada, apenas calçar um colete
Que de amarelos só serviriam para adocicar de páprica um arroz latejante!

No que se espere que o trem-bala já está em seus pontos, qual vertente do trabalho
Em prosseguir nos países em que exista, e em outros, outras máquinas que não soam
Como retiniriam os pinos dos dormentes de chumbo, na espera de que se resolva o nada.

Que se conecte o último vagão com a poesia quiçá um pouco indiscreta por uma questão
De um valor deixado no vão do tapete, um persa inigualável resguardando um dólar
Por seu debaixo no sentimento de quase pátria a se sabermos que a antiguidade é culta…

E nisso de trens sobre trilhos, conta-se a história de literatos que viveram em eras distintas
Onde escoar produção era saber se os tomates estariam prontos em suas caixas,
Na medida em que, quando os pingos da chuva começam a desabar no solar da produção
Algo sem medida não aparece em recintos onde o crível se faz crível e a locomotiva há!


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