quarta-feira, 10 de abril de 2019

SIGNOS DOS SONS


Veste-se o espírito da alfombra mesma do tempo, em que uma bandeira é erguida
Em meio a patíbulos de encomenda, ser do si que não se queira, a simples escolha
Em medidas algo vãs que não entorpeçam os sentimentos, de estarmos diante de Deus!

Os audíveis sons do sacramento, o sagrado em nossas vestes quase desiguais,
Mas que denotam a parte nossa, material, a carne em que nos largamos quase despojados
Em rotas simpatias que temos com aquilo que se torna uma fome de saber o nada…

Em academias vestimos nossas roupas, os músculos trabalhando no ímpeto de se tornar
O corpo algo de se dizer, um som quase inaudível, na mesma parte da moeda de pensarmos
Que a diferença do volume nos tornará mais saudáveis porquanto sistemas seguros do ser!

Nada seria tão distante disso mesmo, que o som inaudível se faz escutar nos volumes
E o timbre deixa a desejar quando cruzamos a ponte da dissonância nos ermos que entornamos
Dentro da escala quase interrompida por um gran finale que nem sempre é final grande.

Talvez seja uma poesia ignota falar dos sons, da inaudibilidade de alguns, que seja, outro som
Do si para alguma composição que nos fale mais da possibilidade, ao invés de carências
Porquanto o mundo é quase rochoso por dentro, mas profundamente é um pouco quente…

No som do signo interrompido, que palavras de música composta cheguem aos ouvidos
Daquela cidadania esquecida até pelas leis, daquilo que não se enxerga sequer na superfície
No que escutemos o mesmo afago que se deve ter, ao menos que não esqueçamos das filas.

Reserva o tempo mais auroras, mais vinhedos, mais composições do outono, sem tornos
Que entorpeçam de tão eletrônicos, de um Japão mais comedido, mais mecânico, sem se ter
A impressão que um braço mecânico ao som de Beethoven nos teça a barba quase por fazer!

Mais eis que se insurge um clima, quiçá entre Indra e Brahma, quiça o Vishnu seja maior
Do que todas as especulações em torno da Natureza, mas que o genético vira genesis
Ao som da orquestra que deixamos esquecida por que faltaram na base dois baixos.

Não se há de contar, pois uma corda é suficiente a suportar a escala, e a motocicleta urge
Por um aplicativo que a deixe sair das fronteiras, por sobre montanhas andinas e de chofre
Quase alcançando uma imaginativa consciência, em meio a músicas tornadas diamantinas.

O tempo da partitura ruge, assim tanto como um leão casado com uma árvore, dissonante ação
Que então permite ao menos em sua garra o desfile de uma formiga, em que a unha do felino
Por ser gigante não fere o inseto, pois pelo contrário, permite-lhe que chegue na folha da grama.

A vida não seria a mesma sem um signo qualquer, um tronco, uma cepa, um altruísmo
De nos sabermos mais velhos e um tanto orgulhosos, pois quem dera, sobreviver na Terra
Em um milênio de silêncios que apronta das suas, sem dizer ao ouvido sequer a nota dó.

Singelos caminhos, de veredas inconclusas, de temas imaginários no chip quase atualizado
Pela desforra tecnológica de estar à frente da concorrência, ao menos em uma embalagem
Onde o G – ponto rotor – vira a moda de ser quaternário, ou apenas marcados com um cinco.

Mas que o resultado supere as escalas do som que não teríamos que resguardar do processo
Quando ao alumiarmos as frentes, os sons outros que não aceitáramos por suposições
Vêm como ondas no ar, frente a física indefinível no horizonte que jamais alcançamos.

Vê-se um tempo redimível, uma equação quase lógica nos seus quadrantes, um sonar
Que entorpece a melhor das embarcações, quando o barco que contamos singrar tranquilo
Encerra a triste condição de ser de um aço tão duro que a escotilha vive emperrando…

É de se dizer de muito que não se chega a ser sempre um retorno de grandes lidas,
Mas portanto seria algo de alcançar milhares de estrelas sempre que a fronte
Da música de suas luzes nos permitissem chegar a alturas que, no entanto, não definem.

De outras palavras e sua fonética tão distante, que se subentenda que a plataforma
Em que vivemos na esteira da comunicação quase quadrática, em poucas linhas,
As questões relativas ao tamanho de uma janela ao relento encontra os seus na rua!

E da rua que viessem sons porventura até estrangeirados, mas que fosse a paz de um dia
Em que o dia mesmo supracitado começasse na madrugada do ontem, e fosse parar
De pulsar na vigília de nossos sentimentos depois de entrante a noite do mês seguinte.

O signo do som, o som de uma religiosidade, um mantra sagrado, pois sim, o signo
Ficante de qualquer modo a um modal em que apenas no último verso de alguma poesia
A mesma poesia ancora para tentar escutar aquilo que observa do alvorecer das noites!

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