Nunca
do que se faltasse seria apenas a cognição nata de se estar em algo
Com
prerrogativas de supremos alfaiates de confecção nada rudimentar
Porquanto
seja, o de se esperar um dia quiçá no resultado muito milenar…
Que
se esteja, seja sermos, ou o nada do que nunca encerra, mesmo quando
Não
se seja, nada do que seríamos, quando do saber se é ou não
jejuando
Nas
palavras em consonância com o mesmo verbo que salta ao sentimento.
Apesar
que seja, do que não fosse e está, quando muito da falta do ratios
Na
vértebra inconcludente de não saber-se, mesmo no muito de se falar
Quando
o som da palavra já não preenche mais o significado de sempre…
Ah,
senão os tempos que vêm no sussurro de um soçobrar do pensamento,
Que
na verdade desce até rincões inomináveis, e suporta a alfombra do
terno
Que
– revoluto – alcança a semântica mesma do que seria a própria
verdade!
Sim,
que por decifrar a poesia hão de encontrar-se muitos e muitos
leitores
Fugidios
e rasteiros como o vento, encontrando-se com uma vírgula sequer
Que
pois na verdade outra já não se tange a manada com uma simples
vara.
Hão
de ser longos cajados de sapiência, na mentalização nada ortodoxa
Que
escrutina o saber mais longo, a experiência de décadas, de não se
contar
Nem
ao menos a importância de duas gerações ao longo de passado
século.
Que
seríamos talvez o suporte de coercíveis ilusões, de afanados
rumores,
Dos
trocos de niqueis a se pedir depois, do gesto a que nos damos ao
mendigo
Que
sejam, palavras trocadas por uma questão nada excludente da
igualdade…
A
ver, que suponhamos seja o território da poesia inexpugnável, a
vida tornada
Um
acerto de quaisquer contas, posto a economia se ressente pelos
numerais
Em
que é tornada uma doutrina quase fechada, com seus amores pela
ganância!
O
imo sobra, que nos sobre o imo, esse individual nada compartido, mas
que já
Seria
o andar de um carro sobre os trilhos, na esteira de uma fábrica o
parafuso,
No
cantar de uma lástima o refresco de um dia de outono, a vida por
muito mais.
Do
que se tenha por propósito de algures de vivência, por moto-próprio
sentimos
Que
o carnaval de nossa ilusão posta aos seres primogênitos o vernáculo
da paz
Embalado
com papel para confetes, no simples aproveitamento de calças
coloridas.
Então,
que se dissesse algo por mais além, um recrudescer de tamanhas
desditas
Que,
a um sinal de premência absoluta, levar-se-ia um tempo largo das
escumas
Na
venturosa pátria de um sem valor provisório, como tanto de
provisionar o tempo!
O
caldo de misérias era já o que está, não sendo sempre aquilo que
jamais se espera
De
tantos e tantos em filas inumeráveis do sem ser, posto algo que não
se emprega
É
voz que não se escuta, é esperança amarfanhada, é um caldo de
silêncio gritado.
Saber
de algo sem saber, ter a premissa sem a conclusão, faz retornar ao
gesto
A
única intenção de apenas mostrar seu rosto desconforme, situar-se
a um nada
Que
por uma ventura fosse a simples questão de recriar fronteiras no
abismo…
Do
que está não estejamos sempre, mas em segundos um tosco aceno
signifique
Um
cordão estrito pelas ruas, um maio atravessado pelo não trabalho,
um dedo
Que
aponta traiçoeiramente para um irmão colado à beira turva de seu
algoz.
Pudera
sermos o que não éramos, pudera não ser o que jamais quiséramos,
um ser
Que
seja uma profundeza de caráter, uma dignidade em que não tivesse
que servir
A
qualquer documentação fundamentada apenas na identificação
cadenciada do dado.
Qual
fôramos mais do que apenas uma informação essencial, um código de
barras
Vertido
qual fantoche em uma prateleira, à visitação não de quem compra
algo,
Mas
na motivação insincera de ver quem está exposto com a própria
bondade encoberta.
Modos
fossem, quem dera, modos houvessem quais plataformas de unção
pedagógica,
Quais
crimes imputados e jamais cometidos, qual ideia que não partilha de
aceitação
Mesmo
sabendo-se dentro de uma verdade limitada por questões de estímulo
e resposta.
No
mais que fôssemos binários como o zero e o um, o negativo e o
positivo, o sem e com,
Destoando
de qualquer destaque que não signifique porquanto não acadêmico,
sinecura
De
atenção redobrada, dono da função, espetáculo ruidoso no breu,
redenção, ou não…
Verte-se
um nome na filantropia profissional, o nome veste-se, de um negro
azeviche,
De
um lilás do profícuo desalento, de uma moda conveniente, de uma
palavra que emerge
Do
tom inequívoco de uma contenda mal resolvida, no pressentir
irrequieto do saber.
Assim
que não se fique quem não fica, assim que se traia o traidor, assim
que não surja
Um
gigante adormecido com pestanas graúdas e coração de pedra, mas
que bate no peito
Dos
incautos que amam residir nas suas relativas ignorâncias, a saber,
um pouco de tudo!
Pois
que se diga do que era, não prediga do que se está, pois na
confluência dos astros
O
apenas de se propor uma revelia desmanchada por falta incontinente
dos respeitos
Morará
em uma casa eterna a casa que residir no imenso jardim quiçá
suspenso em muito.
Se
já fôssemos mais do que o previsível provável, teríamos as
costas mornas pelo respirar
De
alguma fera em nosso torso, que se nos tocasse a vida com suas tetas
de mármore
Mas
que de algum outro modo não resfolegaria a mais do que se ama quando
se pretende…
Se
a vida encerre a questão da não vida, do se não viver que nos
bastasse a vida sem ou com
No
ensaio de alguma orquestra não medida pelos passatempos de algum
longo jogo
Com
que se dá a versão mais animada da festa, o champanhe mais caro, a
roupa mais longa.
Nesse
pequeno labirinto para formigas que saltam no ritmo das aranhas, se
dá um frouxo
Riso
na rotina algo ensombrecida na forma de um mitológico reino, onde a
turba fere
O
primeiro significado de uma desdita, o verso que o poeta esquece de
dizer, o chão e é.
Do
que não fosse, mas seja como for, que o mesmo solo das gramíneas
silentes e vãs
Detém
a vida de algum olor a rosas, define a dimensão de um planeta e
retira das mãos
A
potencialidade de ser capaz finalmente de tornar o mundo melhor,
apesar da contradição!
Que
não se venha portanto caçar alguma espécie de remissão aquele que
já depôs contra si
Na
medida da bruta ausência e seus cálculos, em um jogo de amarelinha
fugaz, na fuga
De
si mesmo quando desponta a aurora dura do despertar, ou a avizinhada
inconsequência.
Assim
que não seja tanto o que se espera de algo classicamente superior,
já que o fardo
Que
se repete naquele gestual arrependimento, verte de uma lágrima
espelhada no farol
O
sorriso tépido da hipocrisia, a vertente inaudita da maldade, a
dissimulação dos fatos!
Pudéramos
ser o que jamais deveríamos ter feito a alguém, posto alguma
sapiência
Nos
dirá que o futuro não é daqueles que vivem apenas o presente
pressentindo o tempo,
Mas
de todo um passado que a alguns pode parecer mácula, e a outros
significa progresso.
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