Ah,
que prazer estar no gáudio da poesia, enquanto se vê a dois passos
a terra
Que
possui a sua distância, e no entanto é franca e terna ao sentir de
um pé
Que
desnuda na fronte inquieta de seus gravetos uma displicente forma
Em
que por uma suposição nada anêmica não surpreende tanto como se
fora!
Nada
do que se vê no circunscrito mundo de um jardim será tanto do
enlevar-se
Na
pressuposta frente que nos ata a um simples bosque, em duas árvores
dispostas
Em
qualquer lugar que seja, e que nos remeta a outra circunscrição na
voz de mulher
Que
torna o ser maior do que o mundo, e enobrece a vida em se estar com a
fé!
Nisto
de sermos maiores do que a latitude de uma grama qualquer, nisso de
desejar
Uma
profundeza oceânica, não há maior desejo do que comungar com o
espírito
No
ser mais cru da existência do mesmo mar que enobrece igualmente o
camponês
Que
vê brotar de suas sementes fecundas o cio da princesa que reside nas
plantas.
Por
um tanto de conveniência pátria, quem sabe, não se fará muito do
saber redondo
Que
não seja menor do que o diâmetro da esfera de nossos pensamentos,
algo mudos,
Quando
reverberamos a atitude frente o lamentar-se de um assunto encerrado,
em lócus
De
sacralidade relativa, pois quem deseja algo se monta no cavalo que
não é alado…
Esse
não desejar, faz-nos pisar a mesma terra de outrem, a terra de Deus,
proprietário
Do
que se vê no horizonte, e por além mesmo das montanhas que não
fenecem o sorrir
De
uma faxineira, de um operário, de um contador, de uma burguesia
esclarecida
Nas
páginas em que a História há de vir contar em seus milhares de
dedos o futuro!
Silencioso
é o navegar de um poeta, mais crível do que se imaginar
fluorescente
Em
meio ao rubor agreste de uma floresta, em um navegar de barco
oceânico,
No
sentimento nada turvo do seu coração incandescente, quando sabe que
liberta
Ao
menos uma palavra em linhas que levem os leitores ao gigantesco
infinito!
Não
saberíamos menos se uma jaça se encontrasse no olhar do poeta, se
um colo
Teimasse
perdidamente em filtrar o comportamento indissociável da realidade
Com
aquilo que se almeja ser melhor para muitos, envidando-se o esforço
pétreo
De
pensarmos que as palavras estarão contidas eternamente em livros
latinos.
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