O
tempo que não se arremata em nenhuma circunstância,
Posto
ser precioso aos que temem o perder-se o caráter,
Que
quando alçamos suas superfícies de cristal solene
Vemos
ao mesmo – o tempo – qual urdidura de pérolas imantadas
A
própria pátina maravilhosa que alicerça os ventos...
Ademais,
que se escreva àqueles de ferruginoso ocaso
No
tempero de um aço que transcende a mesma bravura.
Saibamos
que nesse mesmo tempo alcançamos as medalhas
Consubstanciadas
apenas e simplesmente por um gesto fraterno.
Não
há porque, camaradas, de se supor outros tempos,
Se
as doutrinas não servem mais aos parágrafos de razões,
Visto
o ócio de outros tabuleiros encerrarem movimentos...
As
calçadas tornam-se famas ao léu, derramas de consciência,
Mas
é nelas mesmas que pressupomos o quase impossível
De
derrotarmos nossos óbices internos, como quem flama
A
chama do apagar-se no que se queda do próprio temor.
Haverá
tempo, gente, que o tempo não traduz demais,
Nublando
as esperanças de Marte, ao que seja, um Deus
Virado
planeta onde a água descoberta líquida e quente
É
um gelo no de se compararmos as latitudes do espaço...
Paulatino
é o tempo atemporal, de muralhas imóveis
Que
escarnecem como pedras secas de inverno, mas que agora
Abrem
espaço para mariposas noturnas na orla de nossa primavera!
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