O
cotidiano espera o lavor duro de uma mão obreira da obra
Que
seja de obrar o grande palácio de uma questão atávica
Em
que morem qual na Arca os da poesia que não profetizem
Pois
que de profecias morrem os profetas de algo que proferem...
A
ética consagradora repara em um Homem que caminha silencioso
No
caminhar sereno como outros que rugem para si mesmos
Como
no libertar-se de grilhões quando veem um outro irmão
Silenciosamente
ser enjaulado pelas desditas da vida.
Por
que proferem palavras científicas a esta altura do enredo,
Por
questões estas similares não encontram subjacências
No
que se prega de ciência do digital em que os pássaros noturnos
Acompanham
o pescador que dista do usual das gentes.
Gente
que passa a frente nas catracas, que urge por clareza,
Que
confunde um passar lento nas teclas e supõe realidade
O
pontífice clamor de se estar na veia do planeta
Em
que se chama planeta, posto vivermos no mesmo mundo.
Engrandece
a palavra em saber de quilates de sofrimento
Aos
paradigmas em que os homens se trancam dentro das casas
Enquanto
alguns motores fazem seus arranjos noturnos
Ou
mesmo trocam peças no teto inquieto de alguém.
De
uma sociedade animalesca assim deixamos a adormecer os ventos,
A
ver quem possui a coragem, treinando e treinando,
Para
verem crescer inimigos nas árvores secas
E
são apenas pássaros que tecem seus ninhos nos ocasos de seus fracassos.
Assim,
de se dizer, que os animais de verdade são aqueles que nos dizem
A
pureza de um bicho, que não encontramos mais no focinho de um homem
O
mesmo que se diz que um homem é mais do que apenas
O
resfolegar de um gato na quebra imanente de um quintal.
Assim
continuamos a viver, na felicidade de sermos mais humanos
Do
que propriamente a arrogância de todos aqueles
Que
se imiscuem nos seus próprios problemas os problemas mais reais
Ignorando
que agindo assim vão contra a própria consciência.
Segue
a poesia de ferro e bronze qual imagem consagradora
De
um justo espírito que verga sob o patíbulo de nossa ignorância
O
perdão muitas vezes dado a quem na verdade
Mereceria
a cerimônia de uma vez ser castigado.
Pois
se o altíssimo morreu por nós e vive ainda entre nós
É
porque temos a consciência de um ser gigante que aflora
Nas
escadas onde esquecemos um pouco de água
A
quem subir pelos degraus imantados da Terra, a mãe Gaya.
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