domingo, 20 de setembro de 2015

QUE O MALUCO SEJA CONSENTIDO

            Por que não consentem que se fale dos direitos humanos às camadas das populações cada vez mais incluídas nos rol dos enfermos mentais? Que espécie de gênero nazi-fascista que dita que quem toma algum remédio para isso não é são por natureza, veio com defeito de fabricação, ou chega a ser impuro, ou sintético – no jargão da ficção besta da intolerância, esta sim, patológica? Chegamos em uma sociedade onde quem pensa no coletivo enquanto substância inequívoca e fundamental, mesmo portando enfermidade mental, mostra aos que ignoram a tese, que renuncia à sua condição enquanto indivíduo possuidor de vida ativa ainda – nos prazeres mundanos – em prol da coletividade, gerando rancores dos chamados ultra conservadores. Um homem ou mulher com esse desprendimento pode se valer da religião, mas a questão é pensar no total para buscar neste amplo debate as soluções a impasses na mesma temática dos Direitos Humanos e, consequentemente, da obtenção da paz social ou, idealmente na pior das hipóteses, com ações que pelo menos tente busca-la. Essa seria uma verdadeira intentona apenas, mas o que se vê são rebarbas de tentativas e nada amplia. Graças ao bom e dileto Krsna, nada se repete... Aliás, para quem não conhece, é esse o nome que este autor sincero e maluco dá para Deus, e é sempre inspirado nesse Ser Supremo, que falo, agora e sempre...
            Falar em direitos humanos irrestritos é como anistiar grupos excluídos durante todas as suas penas, no viés de todos os sacrifícios, no montante destes para alguns, e duras e severas penitências para outros. Apenas sobre essa inclusão social é que cito as palavras, não mais, a se dizer que muitos têm problemas por não possuírem qualquer retaguarda, qualquer trabalho, pois nesta selva capitalista, ou em qualquer outro sistema injusto os chamados loucos ou esquisitos têm sido motivo de intolerância e humilhação, afora aqueles que se sobressaem por terem mais experiência ou bons médicos, pois esta é uma relação assaz importante, a que temos com a medicina, a medicação e como nos saímos perante a vida.
            Reiterando o assunto controverso sobre um estado de coisas em que a paranoia seja quase normal em muitos casos, claro está que o regime por vezes colapsa. Se não distribuirmos melhor a renda, se não pensarmos no social, se não dermos agora educação em período integral para os mais necessitados, com direito à alimentação, nas idades mais jovens, desde a creche, como foi feito nos CIEPs de Darcy e Brizola, tendemos a desandar, ou permitiremos que a oposição se agarre nas máfias que há muito tempo fazem parte da estrutura do sistema de administração do Brasil, mas que antes não se punia e sequer apareciam. Quando um país começa a explodir com chacinas e crimes bárbaros diariamente, em todos os lugares, temos que partir para uma contestação mais exemplar...

Nenhum comentário:

Postar um comentário