A obviedade de certas situações nem
sempre demonstra a estabilidade que nos remonte ao que pensamos ser por
semelhança, do que algo se reporte em ações concretas na medida em que os
governos saibam agir mais em conformidade com a coerência e competência extremamente
necessárias em crises, mantendo a importância das instituições e com estruturas
jurídicas incólumes. Versa que cada um saiba seu papel, mas a contribuição de
uma opinião cidadã quiçá possa servir para algo. Por vezes, a expressão
intelectual passa a ser necessidade de um homem, igualmente quando o mesmo
homem vê na dimensão do voo de um pássaro a resposta que lhe cabe na
estabilidade de sua postura diante da vida. No entanto, muitos não possuem seu
espaço na dignidade, e sempre essa é uma questão que preocupa: toda a carestia,
a extrema concentração de renda e a falta do equilíbrio necessário entre as
camadas da sociedade. Isso porque vemos, porque é óbvio, é fato... Essas
populações não nos tornam um país emergente sequer, mas nos configuram ainda
com uma realidade terceiro mundista. Essa questão passa por tentativas de
solução que caminham por muitas veredas, mas a ação que se faz principal é
sabermos que os nossos problemas muitas vezes são estruturais, e não é pensando
conjunturalmente apenas que iremos solucionar uma crise que não passa de
espelho de muitos erros em administrações anteriores, que sempre deixaram um
legado em que sua forma de governo sempre privilegiou os mais ricos. Um lado
cabalmente concreto esse fato, por isso o trabalhador que exerce sua função honestamente merece toda a atenção na abertura
de boas perspectivas que venham do Poder Público.
Se passa que qualquer medida mais
condizente com a melhoria equitativa da sociedade não agrada a todos,
obviamente, mas não neguemos a importância de ganhos sociais com os programas
que agora infelizmente tendem a perder a sua força. Esse é um erro substancial,
pois as propostas do Executivo, desde o início, foram as de manter os programas
sociais. Visto isso como alguém em sua diletante acepção, desses mesmos fatos
que corroboram que quem está com o poder por vezes se encontra alicerçado em
equações tão intangíveis como a conciliação entre opostos que muito em raro se
entenderiam. Resta ao administrador de um país saber agir com a diplomacia
necessária e a firmeza tal que reconquiste suas bases de aceitação popular.
Reza a importância de debates, a concordância de melhorar os serviços
substanciais e lidar bem com situações de conflitos ou impasses. Nisto
subentende-se a formação e o caráter de cada líder, e aqueles personagens que
apostam na desestabilização efetivamente não merecem o respeito perante tal
atitude, pois depõem contra o desenvolvimento da nação. O Estado deve ser uma
entidade inviolável, o que nos faz partir do pressuposto que deixemos as
relações de poder inócuas de lado para admitirmos que ser patriota é aceitar
qualquer brasileiro como cidadão, dentro das leis tão duramente conquistadas em
l988, que alicerçam o bem portar-se em sociedade e que versam sobre a
importância das instituições democráticas em nosso país – saibamos – na coletividade
e no respeito ao indivíduo. Esse é o verdadeiro panorama da estabilidade
calcada no bom senso, e é sobre essa questão que devemos focar nossos atos
perante a Lei.
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