segunda-feira, 28 de setembro de 2015

O ÓBVIO NEM SEMPRE É ESTÁVEL

            A obviedade de certas situações nem sempre demonstra a estabilidade que nos remonte ao que pensamos ser por semelhança, do que algo se reporte em ações concretas na medida em que os governos saibam agir mais em conformidade com a coerência e competência extremamente necessárias em crises, mantendo a importância das instituições e com estruturas jurídicas incólumes. Versa que cada um saiba seu papel, mas a contribuição de uma opinião cidadã quiçá possa servir para algo. Por vezes, a expressão intelectual passa a ser necessidade de um homem, igualmente quando o mesmo homem vê na dimensão do voo de um pássaro a resposta que lhe cabe na estabilidade de sua postura diante da vida. No entanto, muitos não possuem seu espaço na dignidade, e sempre essa é uma questão que preocupa: toda a carestia, a extrema concentração de renda e a falta do equilíbrio necessário entre as camadas da sociedade. Isso porque vemos, porque é óbvio, é fato... Essas populações não nos tornam um país emergente sequer, mas nos configuram ainda com uma realidade terceiro mundista. Essa questão passa por tentativas de solução que caminham por muitas veredas, mas a ação que se faz principal é sabermos que os nossos problemas muitas vezes são estruturais, e não é pensando conjunturalmente apenas que iremos solucionar uma crise que não passa de espelho de muitos erros em administrações anteriores, que sempre deixaram um legado em que sua forma de governo sempre privilegiou os mais ricos. Um lado cabalmente concreto esse fato, por isso o trabalhador que exerce sua função  honestamente merece toda a atenção na abertura de boas perspectivas que venham do Poder Público.
            Se passa que qualquer medida mais condizente com a melhoria equitativa da sociedade não agrada a todos, obviamente, mas não neguemos a importância de ganhos sociais com os programas que agora infelizmente tendem a perder a sua força. Esse é um erro substancial, pois as propostas do Executivo, desde o início, foram as de manter os programas sociais. Visto isso como alguém em sua diletante acepção, desses mesmos fatos que corroboram que quem está com o poder por vezes se encontra alicerçado em equações tão intangíveis como a conciliação entre opostos que muito em raro se entenderiam. Resta ao administrador de um país saber agir com a diplomacia necessária e a firmeza tal que reconquiste suas bases de aceitação popular. Reza a importância de debates, a concordância de melhorar os serviços substanciais e lidar bem com situações de conflitos ou impasses. Nisto subentende-se a formação e o caráter de cada líder, e aqueles personagens que apostam na desestabilização efetivamente não merecem o respeito perante tal atitude, pois depõem contra o desenvolvimento da nação. O Estado deve ser uma entidade inviolável, o que nos faz partir do pressuposto que deixemos as relações de poder inócuas de lado para admitirmos que ser patriota é aceitar qualquer brasileiro como cidadão, dentro das leis tão duramente conquistadas em l988, que alicerçam o bem portar-se em sociedade e que versam sobre a importância das instituições democráticas em nosso país – saibamos – na coletividade e no respeito ao indivíduo. Esse é o verdadeiro panorama da estabilidade calcada no bom senso, e é sobre essa questão que devemos focar nossos atos perante a Lei.

Nenhum comentário:

Postar um comentário