sexta-feira, 25 de setembro de 2015

TORNAR-SE A ALGO

Acordo de dias um tanto ausente
Que o verbo por si fracassa o sentir-se
Em que não se sabe se é por falta
Ou por omissão concludente da sociedade.
Não há manhãs na soleira da minha arquitetura,
Mas as sanções que se impõe em minha carne.
Sou um homem feliz por viver
Na difícil vida em se fazer por onde de se sentir
Que se sente na tessitura irrequieta de uma boa poesia
Como eqüídeo a ruminar os ventos,
Como flor a anteceder primaveras,
Como o amor de se ter com uma mulher
Quando esta se despe em suas minúcias
Ao abrir seus flancos secretos
Para os braços exaustos de um homem...
Quiçá um sonho de um amante que sou
Pudera abraçar outros sonhos de ver que amantes somos
A se crer – aí sim – na primavera dos tempos!

A se rogar temperança, serenidade, amor
Que plange em uma guitarra
O som sim merecedor da flauta
Em que tecemos algumas ocultas rimas
No caudal rumoroso – repito – e que me perdoem
A ausência de neologismos tipográficos
Na semântica indiscreta de saber que vivemos
Nas plataformas inquietas de saber viver
Ao que sabemos mas não dizemos tudo
O que saberíamos no final de um fértil verão
Quando finalmente conseguirmos
Apaziguar os temores que foram gerados
Em superfícies imanentes em que nem mesmo o destino
Saberá mais onde estaremos mais vivos
Do que saberemos em mais viver!

Nenhum comentário:

Postar um comentário