quarta-feira, 16 de setembro de 2015

O CAVALO CIGANO

Peguem de monta, que o estraçalhem, o louco,
Ao estraçalhá-lo por sua lucidez, de gostar da negra
Ao não facilitar à Klan Republicana, ou aos nazi de agora...

Pois que estes aparecem quando menos sentimos
E sentimos suas garras de corvos quando não esperamos,
Ou se esperamos, já nos ressentimos, que vêm aos bandos.

E pretendem, e pretendem quase, firmes, mas pretendem!
Que pretensão tola em suas coxas torneadas e seus óculos
Em que se travestem de rebeldes depois de uma fornicação.

Vêm com outros sapatos, triangulam, tecem veredas
Com seus pequenos e falíveis botões de celulares
Das últimas gerações, tentando derrubar e golpear a todos.

A máquina sabe que querem a mantença de seus privilégios
Quando consomem e se intoxicam de merda, entregando alguém
Por este pensar ao povo que não se metam a pensar igual.

Pois não pensam, acuam, divertem-se no inferno, como preâmbulo
Do que encontrarão pela frente com esse frisson de estarem
Como pêndulos teleguiados à porta de uma balada da hora!

Pois que não se ressintam, venham às pencas, pois de seu triângulo
Será melhor que se suprimam seus vértices, e residirão em um ponto
Como uma pedra que vê sua intenção nefasta naufragar...

Nisto de tentarem humilhar os mais vulneráveis saibam
Que aqueles que impõe a ordem no país recebem vossas notícias
Como se vocês fossem apenas percevejos inquietos nas calçadas.

E são pequenos, racistas enferrujados, vermes de ocasião
Que esperemos que não esperem, pois de se esperar o mesmo cavalo
A que chamam louco os espera com um coice a que se arrependam...

O impacto da palavra, da inteligência de se saber um homem
Que não ensaia tentativas, nem covardemente tenta impor
A desordem em espíritos lúcidos e pacatos como a própria tolerância.

Dispam-se de suas vestes, de seus disfarces, de seus figurinos,
Pois na realidade não há teatro, e sim vida, e resistência, e fome
Daquilo que mais amamos que se chama justiça social...

A tentativa de um golpe covarde tenta através de filamentos
Em toda a esteira da sociedade, por uma capilaridade sociopata
Em tentarem usurpar o poder constituído legitimamente pelo Executivo.

É nessa questão que teço palavras mais duras, para que saibam
Que quanto mais perdoamos as humanidades desumanas
Estas se mostram mais e mais intolerantes ao ato do perdão!

Se querem um Governo justo, passa-se a pensar em esfera legal,
Pois a legalidade se faz com lei, e quem legisla para desferir
Impede a legalidade de melhorarmos a todos todo um país.

É nessa lógica peremptória e exata que devemos proceder
A termos confiança, lideranças do Brasil, que o barco é de casco
Em que carregaremos nossa pátria mesmo na procela dos incautos!

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