terça-feira, 1 de setembro de 2015

A DISPOSIÇÃO DE UM PLANETA

Seguem-se inumeráveis dias do sol que possa ser reticente ou feroz
Em linhas de tempo onde a Natureza prediz mais do que o costume
Ao sabermos que além das transposições do espírito está grande lote
Do arcabouço da matéria que tanto nos ensina ou nele desaprendemos.

De sabermos pronunciar do sagrado, quando este mesmo possa ser mais um
Dos ventos que alicerçam outros saberes não pronunciados a mais do que
Possam ser anátemas de outras naturezas onde recriamos uma gota de ser.

Que sejamos, talvez na Svarupa, no conteúdo mais elementar do imo,
Em nos predizermos que tudo o que tentamos de humano no seio do mundo
Por vezes acreditamos estar longe dos ditames de uma dita requerida paz...

Oh Krsna, oh Cristo, Alah, Buda, oh Davi, seremos tantos fatores em si
De alguma discórdia que por fim acoberta os ditames do interesse?

Ou será que no alto de uma cordilheira ouve-se os rugidos de Meru,
Ainda que os Himalaias sejam tão distantes ou mais do que as fronteiras?

Sabemos de per si o que nos surpreende mais, a não ser do que não há,
Mas haveremos de dispor de forças do planeta que nos ajudem a encontrar
Talvez o mesmo modo de atuar enquanto seres do universo manifesto
A algo que há por vir dos bilhões do que não se manifestou ainda...

O planeta apenas é palco, de infinita dimensão, pois nesse cenário
Postam-se outros em que a viagem entre eles é inequívoca e certeira!

Sua superfície mostra que o mais simples abalo de uma tíbia camada
Tece a catástrofe de formigas que se entrelaçam por mesmos escombros
Que encontramos no tecido de uma espécie talhada a não sobreviver
Se não for com um simples fragmento da disposição única do mesmo mundo.

Encontrar caminhos é o que queremos, se para tanto esquecermos que o nada
É um objeto mudo que não se ressente quando saca de si mesmo o sentido. 

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