domingo, 13 de setembro de 2015

EM SE TRATAR DO VERBO

Da letra que se tece companhia, solene,
Ao que não versa tudo do nada em si,
Mas que ausente de parágrafo demande poesias
Daquilo que queríamos aparentar com o tempo...

Veste-se a roupa com o calcário dos dias,
Pungente como a ostra em seu sinal de joia
Que atende para a incrustração da madrepérola.

Não silencia o verbo, pois este vive em sombra
E no sol brilha como as superfícies de cristal!

No de se viver em sombra, que a sombra se remonte
A algo superlativo, na face dos que fazem da vida
A um remontar-se na predisposição do acaso...

Vertemos no verbo a própria criação do que fora anterior
Ao que agora ressintamos o atual do mesmo parágrafo
Que esquecemos debruçado sobre as esteiras do tempo!

No que vem do sol, iluminamos alguma certeza inquieta
Em uma palavra que nos brote na semântica dos dias,
Em que Dostoievsky já pronunciara no Crime e Castigo.

Que pontuemos de nossas literaturas que estas sejam
O que temos no mundo que são melhores do que séries de TV.

Pois que passem os dias, e o verbo não é apenas o bíblico,
Já que a filosofia nos ensina a pensar de modo independente
Ao que já se estudava em Thomas de Aquino, e agora versa
Que nos aprofundemos no pensar que quisermos, posto seja
O verbo independente de tempo ou espaço, e que não sejamos
Tão críticos a ponto de afirmar que os livros são um passado
Em que os nossos filhos deles já não precisem mais...

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