terça-feira, 8 de setembro de 2015

POR UMA CABAL NECESSIDADE

            Por uma questão existencial verte-se uma palavra em papel, ou quem sabe que fosse um de cristal, um leito de vidro em um monitor, já é suficiente... Não que se saiba muito, mas que se sabe um tanto já é um bom diferencial para aclarar um pouco a incerteza reinante. De uma experiência de vida, pessoal, esta que não precisa de rótulos para se saber de onde vem, pois torno anônimo o autor, seja ele eu ou outro, e que não haja resquícios de referências, pois aquele pode falar sobre mim, quem quer que eu seja hoje, depois de ter vivido algo ou algum tempo que sobrou para pontuar significado que sirva...         
            Todos caminham na terra, em diversas superfícies, quiçá até sobre seu próprio e sagrado tempo. Da mesma forma, estas letras caminham sobre os contextos de um homem, nos paradigmas do entendimento, ao regaço de uma mulher, nos desatinos, na ordem, no que há, no que existe como suporte, em se tratar mecanicamente que são apenas letras e por enquanto já vencemos por treze linhas. Pois bem, vencer o tempo atrás de significados pode ser um bom passatempo; pois que escrevam todos os que querem dizer algo, mesmo no poder que podemos usufruir em estarmos consonantes com o fato de estar acontecendo esse fenômeno em nossa consciência, agora tão consubstanciado nos flashies das redes. Que situemos nossa mente em algo mais linear, contínuo, pois a fragmentação da matéria só nos tornará mais uma medida sem peso na egolatria. A fragmentação da matéria só nos levará a não entendermos como são industriados os enormes produtos em escala de consumo e não adiantará muito focarmos nos pequenos empreendimentos que não nos façam entender os sistemas produtivos como um todo. Temos bebido a mass media como quem degusta da embriaguez o inexistente insight de não saber onde está o fio condutor dessa mesma indústria da cultura.
            Girar a roda significa rodar em torno de um eixo, apenas este se move no girar incessante de um motor ou uma tração qualquer. Decartes, ao inventar o sistema cartesiano cria a geometria como a conhecemos, em três eixos ortogonais, nomeados x, y e z. Não nos movemos através deles, mas seguimos em três propriedades do espaço: largura, altura e profundidade. No entanto, há a escala, a rotação e a posição no espaço, com todas as suas dimensões. Falarmos algo que transcenda isso é falarmos de técnica, falarmos de saltos qualitativos na compreensão da ciência, da produtividade e conhecimento, como em Newton que, mesmo depois da Relatividade de Einstein, continua sendo o mentor da física na aplicação produtiva em suas engenharias, e na compreensão de muitos fenômenos do mundo. São ressalvas feitas em planos gerais para que possamos entender programas como o Pronatec e sua importância para o Brasil. Temos gerado ótimos profissionais de ordem técnica como um resultado de investimento em grande parte de uma população que antes não referenciava a capacitação necessária para trabalhar e receber maiores ganhos em qualquer lugar, pois não havia a excelência necessária para o aprendizado nos sistemas públicos de ensino. Conhecer química, biologia, enfermagem, motores, sistemas hidráulicos, eletricidade, etc, sem precisar se formar na universidade e agregar valor substancial ao ganho, aliado a um grande programa de moradias populares vem trazendo um archote de esperança ao povo brasileiro e suas famílias. Pode-se ter a conotação de que deveríamos prezar mais pelas letras, mas certamente não há como construir um país de uma ação apenas, mas em um conjunto de medidas e planejamento a longo e médio prazos. Justo, a que precisemos erigir nossas bandeiras na igualdade social e melhorias para os mais carentes, está se delineando uma política econômica que tende a sentirmos os avanços a médio prazo, e a pressão da mídia faz com que se trave aos olhos daqueles que por ela são manipulados sequer uma conquista do bom governo de nossa Presidenta, Dilma Rousseff, a ponto de seu Vice – ele mesmo – acreditar em sua derrota, o que denota total falta de preparo ou coragem na política, em fazê-la honesta.
            Conhecemos ao longo da nossa história grandes personalidades partícipes, mas saibamos que há lideranças que não são vistas, assim como logicamente, em uma sociedade midiática hipócrita onde vivemos, há ações que mereceriam todo o destaque que não aparecem, pois seus agentes e tudo o que eles representam – ao depor contra o progresso brasileiro – continuam apostando no quanto pior melhor. E não pensem os que leem estas assertivas que estas não mereçam respeito, pois são fruto de uma sanidade intelectual conquistada a ferro e fogo, com muito respeito a todos, mas fruto de uma vida exemplar nestas últimas décadas. Já que temos que construir a memória de nós mesmos, darmos a nossa defesa, defendermos o processo democrático e apontar não apenas algum erro de subordinados, mas ações de Governo que merecem a devida atenção e respeito.
            Em um debate civilizado, todos possuem a sua voz, falam com respeito, aprendem a escutar, propõe dentro da liberdade em serem cidadãos partícipes, e lutam para que suas vidas melhorem a cada jornada, a cada esperança de que seus filhos em uma vida progressivamente melhor, ao verem os progenitores dentro da mesma esperança concreta que aglutina a atitude sóbria e consciente, compartem soluções e derrotas, mas sabendo construir, aos tijolos passados e alicerçados, as futuras fieiras que preparam e realizam os sonhos do povo do Brasil! 

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