Látego
duro em minha carne, quando penso, e o pensar
Passa
adiante o próprio nada em que o poeta se encontra
Quando
percebe que quando é poeta não sou eu o autor
Que
não sabemos onde colocar uma mão que treme
De
um tremor secular em todas as histórias da mente...
Sou
feliz, mesmo em açoites construídos pelo embate
Em
me saber na luta em que sobrevivo por sob química
A
saber, que apenas são os efeitos colaterais que ponteiam
A
dissonância em saber-me carne onde sobra-me espírito
Ao
que uno seja, quem dera, ser um Gogh de novo!
Mas
não, prefiro estar silencioso nos dias, fremindo o verbo
Qual
semântica de todas as linhas que me permitam,
Nem
que o seja nesta que prepara com continência a próxima
Que
eis: surge, clássica como a vereda intangível
E
em mais uma breve que encerra a terceira estrofe...
E
o poeta este passa a ser não um fingidor, pois a dor que sente
Cessa
no escrever, que não finge a espera de um sentido
Que
seja, uma metáfora que não transcenda apenas a verve,
Mais
continue no quinhão que separamos em nossa vida
A
que sejamos talvez por isso um pouco mais felizes em viver!
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