O
mar perde sua cor por vezes em entendermos que a nossa alma
Tinge-se
com certo rancor de tudo que deixamos no entardecer
Como
que túnicas nascidas no vento e só quem sabe é o sabor do céu...
Uma
pérola é recolhida incólume, feito pequeno planeta no regaço
De
um querer quase de uma transparência madreperolada em dias duros
Em
que as páginas de outros quereres nos ditam que sejamos turvos.
No
entanto, haverá que se saber que palavras ensaiadas vestem trajes
No
mais das vezes desconformes como o nascer da hipocrisia liberada
Pela
tirania de pensarmos que tudo é válido quando achamos leitura tal.
A
transição é travada por um tempo em que sua consorte é uma febre
De
termos a ganância em todos os nossos artifícios, quando percebemos
Que
esses mesmos desejos nos impelem a que sejamos ávidos deles mesmos.
Qual
será a semântica do próprio significado que deixamos a dormir
Em
vozes de ignorância febril, e no entanto sábia por se proferir
Nos
tons necessários a que alguém escute de modo simplista no côncavo
Das
mesmas palavras que se tornam convexas pela preeminência do mundo.
Há
que se ouvir, pois as ditas camadas da ignorância versam sobre algo
De
sua própria realidade, a que muitos talvez não saibam tudo o que se passa
No
pensar sereno de outros quilates de sílabas que servem a pronúncia
Do
que reside no Alcorão do tempo, que rege a transição entre o antes
De
uma devastação que se supunha de mão única, mas denota francamente
Que
os meses subsequentes de cruentas ofensivas tendem obviamente
A
que se responda nos atos do que foi proferido há muito tempo atrás!
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