quarta-feira, 31 de outubro de 2018

ARQUÉTIPO DA UNIÃO



            Quem diria, haja gente que sabe quase tudo, e jacta de saber, só  que na verdade afora o aforismo religioso, na ciência ou na arte nada sabemos até o próximo conhecer... Gente que segue um tipo de doutrinação de ambas as partes, ou a visão dialética ou a versão famélica do mercado, ambas as questões onde o pouco que se conhece da prática preservacionista ecológica e de costumes tribais cede ao grande capital desenvolvimentista, ou à lógica do entregar tudo para sanear a dívida interna, recriando o ônus externo. Pudera que tivéssemos uma versão mais otimista do mesmo mercado, pois nele tudo anda sendo e as relações patronais nada mudaram nas últimas décadas com o clientelismo sem ser estruturalmente afetado. Uma pessoa pode até mesmo cursar cadeiras universitárias, mesmo sabendo que irá padecer muitas vezes de defasagens brutas de conhecimentos mais contemporâneos, a onde poucas universidades brasileiras têm real acesso. Passamos a ver o novo século como repetição de forças antagônicas do passado, do século XIX: as relações de trabalho, etc, Marx e o capitalismo, a luta conveniente para o isolacionismo ideológico, os nulos, os temerosos, os ponta de lança, terminologias arcaicas quando o que se sabe é que a ignorância monolítica grassa esse país afora, e somente a partir de se erradicar a ignorância é que porventura pode-se admitir erros e acertos... Mas quem erra deve assumir seus erros, e aquele que acerta, deve ser reconhecido. Como na matemática, na conta elementar que se há de saber, aliás, como frente indispensável de uma civilização na decência de saber o que agrega e o que subtrai.
            Passamos, com os sentimentos brutos de frustrações ou arrependimentos, a fundar primitivos e já existentes conceitos coletivos, na forma de arquétipos que superlotam o inconsciente de rechaços e brigas desnecessários, como se não bastassem nossos próprios problemas, pois antecipam sentimentos de vingança onde agora devemos estar mais ternos com o que nossa Democracia oferece. Um diálogo com uma burguesia nascente dentro do espectro do conhecimento de novas formas de aquisições tecnológicas, o desprendimento de não se estar em uma defensiva, ou dependente de leões de chácara para a própria segurança em se tratando de cidadania preservada, reside tudo na rediscussão mesma da cidadania e a refundação necessária dos Direitos Humanos Universais. O enfoque contra a criminalidade deve ser a pauta de um aspecto importante da segurança cidadã, mas tolerar o consumo enquanto muitos pagam suas penas por alimentar essa cadeia produtiva deveria merecer especial atenção das autoridades. Justamente porque uma sociedade tomada pelas drogas e álcool verte na insanidade um arquétipo muito duro porquanto violento, e quando uma posição dentro de um país já bem fragilizado por crises em todos os níveis deveria optar por uma sobriedade mais ampla para rediscutir rumos e navegar coeso com todas as suas forças, sejam elas situação ou oposição. Tente-se sempre a vereda da concórdia, pois muitas vezes o que outras nações esperam de um país é que este entre em colapso institucional para melhor aproveitar suas riquezas e recursos naturais. Que esperemos sempre que o país supere todas as dificuldades e que consiga bem navegar frente a uma crise internacional, como a que se avizinha no mundo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário