sábado, 13 de outubro de 2018

TÃO CEDO E TÃO TARDE



Cedo é o entardecer que pulsa nas estrelas em prumos e velas
Que na semântica de rostos de veladuras em tintas e obras de arte
Empunha-se a bandeira de todos os ventos, que seja, a hora da nau!

A nau que não navega nas águas do noé, posto a não capitular ensaiada
Que se permite a mutabilidade de um gesto de harmonia, quiçá uma dança
Em sua modernidade a um mundo que o nosso não vê, por suposto,
Já que aos poucos assassina a cultura que não se deixará submeter jamais!

Há que se falar da liberdade, tão cedo e nem tão tarde, pois o tempo é longo
E imensurável quando percebe que o mundo já assume novos feitios
Na longa marcha que empunhamos a partir de nosso outro tempo, útil, largo!

À medida em que um louco sobrevive à insanidade coletiva, à medida em que
Um ser não se assuste facilmente, enquanto a coletividade se alicerça em grupo
Que demanda mais e mais covardias, assim das lesmas em se arrastar, assim é...

Os que não creem possam crer que alguns que pensam crer entram no limbo
Onde esperarão a justiça que não é cega para ressentires maiores de arrepender
A alma na consagração da farsa em que toda a maldade os leva ao inferno.

E desça a fama inconsequente, de perdas e misérias para aqueles que vivem
Em um ostracismo ignorante, e no entanto possuem as posses amplas
Que jamais os tornarão dignos, já que o conhecimento nunca lhes serviu...

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