Muitos fingem serem afoitos, no que
seja quase verdadeiro o sentir da luta,
Sentirem-se algo donos de uma
situação, porventura que não seja o sentimento
Único daqueles que primam no mal
senso de isolarem um polo do outro,
De não verem que há um certo recheio
dentro das cascas dos desatinos...
Que casas respirem bom tempo, e que
versos povoem a mente irrequieta
Daqueles que urgem por platôs de
paz, por superfícies onde a Natureza
Lhes mostre a totalidade da
harmonia, um sentimento bom e crítico, no entanto.
Isso do debate, ou do argumento, ou
mesmo de se ignorar ser-se tão racional
Que porventura acabamos querendo
traduzir metáforas que são não mais
Do que representações subjetivas do
que achamos mais anímico do que material.
Posto a relatividade dos relacionamentos,
isso de acharmos igualmente do botão
Um quê de exagero em querermos algo
que ultrapasse a fronteira do previsível
Seja por sinal o que há de mais
predito, o que é um perfil intoleravelmente certo!
Já que pensemos que tudo que é
sempre igual ressente-se de um passado onde
Passeávamos sobre as ruas sem temer
jamais, onde um parque não fosse de classe,
Onde a mescla fosse a conquista de
todas as gerações de pais a filhos, destes adiante...
Por veredas onde a luta não
houvera, e sim o encontro, o reconhecer do próximo,
A aceitação do possível, a paz como
princípio e sustentáculo, o diálogo como meta,
E o olhar sincero como consolidação
que em uma passagem há a presença humana!
Pois sim, se assim não fora, não há
como prever que não sejamos mais ninguém
Além da trágica oferta de
aventarmos milhares de possibilidades de quaisquer lados,
Haja vista um consensual não puder
estar dentro do lado onde cabe uma semente.
Não há um cadinho côncavo e outro
convexo, pois os cadinhos sempre se dão
Na maravilhosa alquimia dos séculos
espaço para algo de se descobrir e preencher,
Onde em um lugar há de pedra
filosofal que jamais descobriu como inventar o ouro!
Nessa riqueza de entraves de Poder,
uma mão que não se ressinta muito o de houver,
Pois que de emendar a vida podemos
talvez fazer uma grande colcha de retalhos
Apenas se estivermos prontos a um
diálogo que suplante o projeto mesmo de país...
E é nesse cadinho da vida, que se
possa empunhar a bandeira por qualquer lado,
Em que as cores da pátria não
traduzam quaisquer movimentos, pois por faltas
Não ressintamos que ainda podemos
unir o Brasil para sermos sempre filhos deste!
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