domingo, 21 de outubro de 2018

URDIDURAS


Tantas são canetas, a caneta do tinteiro, o bico de pena, a esferográfica azul
Que consumimos na escrita, quem dera, ao escrevemos cartas e cartas,
Ou mesmo um romance caligrafado, ao que não importa, pois o editor de textos
Sabe bem o que é o conforto de expormos sinais com fontes corretas…

A Times, com serifa em suas extremidades, a velocidade do engenho humano
Ao prescrevermos os versos que jamais estarão perdidos na superfície do mundo!

Sim, por que não ao estar sentado em uma poltrona, o presidente de algo ou empresa
Tergiversa com a caneta a anotar coisas em um papel da mesma celulose em que
Outras pessoas poderão acompanhar, na velha questão da rapidez de lucidez do gesto.

De quando em quando sabermos da profusão do tempo que gira e gira sem si próprio,
Quando igualmente vemos o nosso mesmo padrão de período girar em rodas sem freio,
Será a razão algo sem substância, inconsútil como o vento no deserto, que nem fala
E muito menos sopra com a chuva que sempre a tenhamos onde se faz necessária.

Posto de observação são muitas as plataformas, e a quem dizermos o qual seria
Um outro de cerzimento constrói a pequena urdidura que refaz a superfície do homem
Quando se pensa que as sinapses cerebrais apareçam na qualidade de uma boa vida,
Mas que jamais pensamos que no planeta quase todo o impulso digital é um sino…

Avisa o alarme de um tom, ao que na catedral se anuncia o culto, no que o colar
Das contas verte na esperança de saber-se da religião o que se pense de um olhar
Quando anuncia na vestimenta de um pobre indivíduo que não se está em uma via
Onde possa crer o ser que não seja apenas dentro da plataforma crua da evidência!

A quem saiba que o panorama de um outro ser que não seja apenas o trivial do se ver,
Pois que vê-se apenas algo de predição, quando o que se saiba não importa construído
Na sala onde um tapete mostra apenas o seu tecido algo popular e barato, pois a função
Por vezes de não sujarmos um piso de uma casa – sempre – honrada é negar ganâncias!

De tantos que somos a soletrar os tempos onde nem se trata a se ver que nem tudo
Que reluz na tessitura do tempo é de material sagrado, mas entendendo que este
Que é sagrado efetivamente, por inferência preservacionista e preocupação com um
Mínimo existencial a que não falte àqueles que porventura pontuam com presença tal.

A versão mais monumental da vida em que participamos de monta a querermos justas
Questões de relevo em uma urdidura solene e cristalina dos fios de seda transparentes
E ainda crus pelo tempo em que a planta teceu os cuidados de se fazer o material,
É mister que a tenhamos por segredo que parte ao menos de um coração bem forte.

Dessa fortaleza que temos em preocupar sete ventos aos alvores do florescimento
De cada civilização que se permita consagrar no mínimo um bom tempo urdindo
O mais difícil de sua cultura, a saber, ao pensarmos que seria um bom resultado cívico
Se cada cidadão tivesse acesso ao conhecimento e a todos os tipos de pensamento mundiais!

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