terça-feira, 2 de outubro de 2018

A MÓ E A MOENDA



Mó que somos, da moenda igual, em não sermos tantos
Que o que desce da ribeira de pedras, por sinal que se não sabemos
O tanto de terra, o de se prescrever quais formigas sem cativa Natureza
Mas não tanto que não se deem ao preservar, que a moeda mói.

Simples é a música da zarabatana quando atinge a carne da banana,
Simples é o rastilho de uma trilha, que se deixa um pequeno pé de monte
No único formigueiro da floresta, de monta que se mói a cana...

Nada de mais, se o mó da moenda no estribo de um poeta deixa nome
De homens na berlinda do esquecimento, quais sejam o Zé que não está
Quanto o senhor da algibeira farta da prata quando passeia com o Audi!

Não que se preze só a mó, ou que em engenho do engenho humano
O boi traça o percurso do parafuso gigante de madeirado forte
Quanto de relembrarmos uma tradição do imaginário concreto do povo.

Zá zá zá, risca no mato o silvo do dardo de penas, ao que será melhor
Quando a mulher tupi cerze o brim aceito, a lona, o nylon de seu acampar.

Assim da lufa cibernética, do celular em mãos divinamente adornadas
Nos anéis de um artesão, no modo de uma diarista, nos capítulos sem fim
Da mesma poesia túrgida que se relembra ao negro a sua beleza da negritude!

Há que se considerar que moemos mais do que uma pá na massa de virar,
Quando cura a cal, respira a umidade que dá liga, que verte na parede e constrói
O que antes poderia ser um muro duplo funcional: moradia e proteção...

A cada moenda da mente, pensamos, que seja assim a mente divagar, na esfera
De um pátrio poder que não se encerra, mas que na pátria urge o mesmo divagar
Que não diste da velocidade da liga do concreto, que se há por dispor do antônimo!

Assim de se dizer, que um é melhor do que algum, outro que não seja um a menos
Que porventura possa se tornar mais sociável no sfumato do pequeno desenho
Que aponta a ventura de se predizer uma sensível arte no desalinho do desagrado.

E que esse montante do inesquecível porquanto ser e cultura, de se fazer a mó redonda
Descobre-se a roda sem antes sabermos que há muitos que nem sequer sabem no íntimo
Que um dia qualquer da história da civilização primitiva, esta foi a conquista: a mais, de carro.

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