A pesquisa
a respeito do que nos seja mecânico, encontra o material satisfatório que
compreenda e reitere que estamos em vidas mecanizadas, automatizadas, com
sentimentos, portanto, contraditórios. Seria fácil enumerar alguns fatos, mas a
propriedade de alguns comportamentos leva a termo de conhecermos a natureza por
vezes perversa de alguns caracteres. A produção febril de redes e seus
propósitos acabam por serem desmontadas naquele viés que possua mais recurso e
inteligência, o que torna impossível afirmar que uma fake extremamente viral
seja algo tão inconsútil como uma nuvem repleta da não informação. O que temos
são grafos de redes por onde passam as informações, retratados por tipos de arestas
que unem os vértices ou gadgets – celulares ou
computadores – em questão, e já se possui a tecnologia para saber de
onde vêm e para onde vão essas informações, qual o peso relativo de uma aresta,
qual o domínio de contatos e como chegaram ao alvo e foram replicadas. Se há
mapeamentos genéticos muito mais complexos, a ciência da computação certamente
tem seus softwares para desvendar os caminhos por onde vão as mensagens, haja
vista ser um mapeamento - que flui conforme seus condutos, localiza-se conforme os IPs e gera visualizações conforme são processadas.
Mas a
questão mais complexa ou mais simples é aquela que nos diz como nos tornamos
quem somos, na acepção crua de um comportamento, ou quando em grupo, em como as
palavras nos tem mecanizado a fala, com a conotação que faz com que uma frase
alcance mais significados, em um tipo de treinamento que só a prática do
diálogo sem muita profundidade confere... Essas outras mecanizações não se
exibem como uma fake em um computador
ou similar, mas no tipo de ofensa crua – repetindo – que se quer utilizar
alguém com o intuito de desestabilizar um processo mais sincero de diálogo, onde
a perversidade por vezes pré-consciente acaba por se acumular na recepção
auditiva, em um tipo de performance
mecânica que possui reflexos na facilidade de se obter insights pretensamente
intelectuais, pois não são fruto de um aprofundamento filosófico ou algo do gênero.
Esse rebatimento da farsa generalizada é extensivo ao tipo de filme onde quem
atua são aqueles que efetivamente realizam os filmes, fenômeno no país com
filmes de origem externa, de conteúdos vários. A atuação de quem é espectador
passa a ser ou fazer da sociedade uma grande película de acetato onde as
marionetes sejam protagonistas de sua própria ilusão, pintadas convenientemente
para serem projetadas na grande tela que se torna esse circo místico, ou na
variante realista do que acontece realmente nas ruas e na violência da
criminalidade, onde o criminoso vê a si próprio como um ser que consegue
aparecer na TV e certamente revela a face cruenta da realidade. No entanto, a
catarse religiosa aparece como único remédio para quem vê a tudo e a todos um
mundo caótico e sem destino que não seja a possibilidade de salvação. Isso
introduz nas populações carentes uma esperança sem par e por outro lado rechaça
aqueles que não fazem parte desse credo, principalmente quando sabe-se que são
muitos e muito fortes em sua fé. Quando muitos pensam que ganhar bens materiais
é sinal de bênção divina, acabam por se ajudar no processo de trabalho ou ganho
e lutam por obtê-lo, de maneira solidária entre si, em seus grupos, igrejas, ou
na religião, como um todo.
O que deve
ser respeitado, mesmo a partir de um Cristianismo messiânico, é que muitos
viventes de vanguarda intelectual tem a sua ordem de costumes, postulada pela
ciência, ou mesmo pelo aprofundamento filosófico, ou que Igrejas como a
Católica possuem a Teologia e seus ministros como parte e parcela de luz que
verte sobre o desapego de seus membros, para que comunguem com o próximo as
Missas Sagradas. Esse tipo de compreensão há de haver entre os povos, e do
mesmo modo que não se queira receber ofensas um religioso ou um povo de alguma
religião, os católicos jamais devem ser ofendidos por professar a fé católica.
Em um grande exemplo de abnegação e altruísmo, o Papa Francisco vem em direção
a que tenhamos mais esperança na Liturgia com a sua liderança sempre presente
de homem santo.
A partir
do momento em que as religiões não se contestem, que não haja mais contendas
entre católicos, evangélicos, israelitas, espíritas e maometanos, entre outras
religiões, como as de matriz africana, haverá paz no país. Aliás, a Paz, uma
palavra absoluta, que reina entre os mecanismos do planeta, navega por encima
dos fogos, convence aqueles que prezam a harmonia, argumenta em favor dos
oprimidos, e deixa ou orienta para que a onda mecânica em que muitas almas se
convertem por frutos da dúvida e teimosia de algumas certezas, não revela o
diálogo frequente na própria Natureza à qual pertencemos, porque esta nunca foi
uma máquina. Dela, aprendemos o nascimento de um broto... Quais sejamos ainda:
brotos à espera de um renascer ... A ótica que nos leve a saber o que é melhor passa pelo desvelo
em anunciarmos uma boa nova, que seja algo de maior sentimento entre os povos,
pois crer piamente que estamos por enfrentar um panorama apocalíptico demanda
que ao menos a ignorância possa revelar-se a si mesma, em um processo dinâmico
onde nada do que se pensa realmente acontece no reino da Dinamarca! Quando o
ser ignorante acredita em algo que sustente o seu viés obscuro, a fonte de luz
desse mesmo ser pode vir de uma estante onde os livros são meramente artifícios
de decoração: é dessa ignorância monolítica que se trata de muito doutor que
jamais leu outra coisa que não seja ou faça parte do seu ofício. Há que se
resistir quando um ser ignorante acredite ser superior pelo fato de não saber
mais do que um pretenso inimigo que se crie na mente obtusa. A respeito disso,
apenas a inteligência de saber se portar em futuras selvas fará com que aqueles
que estão por trás desses estranhos novelos sejam desmascarados como
contribuintes de algo que a propaganda tenta infundir na cabeça dos
desfavorecidos. Essa mesma propaganda do diz que me disse, da filosofia da
alcova, dos tratados falsamente místicos, da envergadura e atraso do que se crê
forte, e da grande apneia espiritual que realmente tenta açambarcar o mundo.
Isso é fato, e que os mais cultos não sejam inconsequentes...
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