segunda-feira, 15 de outubro de 2018

SAGRADAS VESTES DO DESEJO


Seria algo maior o ser de Deus, saber-se dono de uma situação sito na fé
Que emoldura os casos da aquiescência e a vontade de algo que não se dá,
Posto não futuro, não passado ou o presente do que não se apalpa jamais…

Estranhos desejos do não ser ao não espiritual, pois o desejo do sagrado
Sempre será o serviço devocional indiviso, àquele que merece a atenção
Dos devotados religiosos na fronteira da verdade e comunhão com o Senhor!

Noites são os tais de desejos que não queremos sempre, e que em verdade
Nascem do porvir de outros cantos, qual fosse um a esmo que não soubesse
O que verte das sombras da poesia quando um serenar adormece nossa falta…

O meio como vez a vez, como a veia, o ir-se a algum lugar ao dizer ou não,
A voz que ecoa como naufrágio, o retorno a um tipo de normalidade desencontrada,
A questão em não assumir resta a uma peça apenas a candura do sol da manhã.

Tornar os dias melhores é tipo de atitude que pontua no cerne de uma existência
A latitude mesma de outro encontro formal entre um senso e alguma evidência
Que possa ter tornado a mudança alguma forma outra de substrato e lógica!

Quem dera fosse o tempo o quilate das concórdias, fosse o segundo algo da hora
Em que quando demorasse o bem, o mal não se convertesse em anúncios
Daquilo em que muitos esperam quando passa-se a conversar com o nunca…

Posto que não seja a matéria relativa, quando de pouco se nota sua história
E do muito a não escassez das promessas da Natureza, como quando batem
As horas de um entardecer onde se termina a produção com um pago suficiente!

Do tempo relativo reatado, com uma significação própria de qualquer retoque
Nos é dado como referencial do ganho, quanto das horas mesmas em que não há
Quiçá a preocupação em administrar injustiças, posto o espaço livre vai no chão.

No solo da caminhada soturna de muitos, que aparecem como retalhos de veludo
Gratinado com a impaciência daquilo que não se quer ver jamais em harmonia
Ao caos de todo o modo quase organizado, quanto de status de algo interminável!

Segue-se o prantear de imensas montanhas, gentes que padecem sem merecer
O mesmo padecer que Cristo revelaria aos seus, que as diferenças apontariam
Naquilo em que não se merece ter de nada ao que outros pensam ter merecido…

Que lacuna que se abre nos desejos incompletos de um dia, qual não fosse a sexta
Noturna onde os mesmos desejos se consumam pelos ventres de fogo em profusão
Do mesmo fátuo que não transuda a realidade do amar-se quando de objeto desejado.

De uma lógica do desejo, ao ser-se grande a póstuma barreira do desconhecido
Em todos os mistérios que se realizamo na obviedade das contendas ilusórias, do fato
Em que se trava a veste que o narcisista subentende como epigrama dos desfechos.

Quase de se fazer a vida um desejo ponteie a ocasião onde o pobre lavrador sem terra
Verte na esperança do movimento ausente de suas ferramentas, um solo para tocar
Com a semente de seu destino, e que seja uma rica semente, ao dar-se ao menos o grão.

Assim como um braço escalavrado pela miséria, pudera esse braço gigantesco estar
Ao par de um trabalho condigno a toda a pátria que não merece ser lesada em uma nau
Que tem expertise no naufrágio, de todos os desejos que se queiram: chegar à terra…

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