Ter-se
a sensatez como modelo é não criar prejuízos, principalmente
existenciais, a quaisquer que sejam os viventes. Afora nossos
aprofundamentos, que se queira aquele que versa sobre a expressão de
um pensar, antes de botar em prática algo que porventura – pela
ausência do critério – seja uma atitude ignorante. De todas as
partes brota a ignorância, e por mais que pensemos que um cidadão
possa estar mais consciente, não é a partir de uma base infundada
que teremos um resultado sólido sobre nossos atos. Regule-se isso em
uma espécie de azeitamento da máquina que seremos mais aptos para
enfrentar o dia a dia e suas dificuldades inerentes… Esse
“polimento”, essa flexibilização do sistema que queiramos
implantar em nossos gadgets, por exemplo, em um celular, em um robô,
na compreensão mesma da tecnologia, permitirá que tenhamos a
autenticidade preservada e um diálogo mais frequente com o porvir e
o que está presente enquanto novidade do homo faber. As
novidades não pecam, pois são apenas ferramentas. O que se peca no
mundo é o egoísmo de não se compartir o conhecimento, como as
nações que não querem que outras descubram os novos recursos,
plataformas tecnológicas, ou investimentos na educação de seu
povo. Igualmente, incentivar a pesquisa científica é uma condição
de sanidade governamental enquanto nacional e patriota. Deixar de
investir nesse setor é como tornar sectária uma sociedade que
administre algo com a intenção de boicotar o nosso desenvolvimento.
Como na questão da defesa nacional: não há porque se defender a
hipótese de invadir um país qualquer por ordem de cunho ideológico
ou mesmo religioso, pois cada país tem que encontrar a sua própria
solução, e o nosso já enfrenta sérias dificuldades em termos de
segurança interna, a saber, que não precisamos estar “obedecendo
ordens” de um país mais rico, mesmo que o fatalismo da arguta
águia o represente. A águia em geral não conhece o dragão, pois
tanto um como o outro são ficções de ícones: arcaicos e
irrepresentáveis. Apenas se cita que as duas imagens são muito
fortes, e que participar de um embate comercial no mundo é como
dificultar a economia global em protecionismos estatais que aqui no
país são simbolizados por intervenções evitáveis, porquanto
talvez fossem o melhor caminho para quem quer que o povo brasileiro
possa ganhar com nossas economias tão afeitas a um espaço irrisório
de uma globalização que só importa aos imensos capitais
financeiros especulativos. Quando se privatiza uma empresa, abre-se
as ações para que quaisquer outras gigantes que dominam o mercado
se apropriem dela, depois de enfraquecê-la, a ponto de sua venda
apenas engordar os cofres das administrações responsáveis pela
transação, em medida provisória que nos prega vilmente aos cartéis
internacionais das grandes corporações concentradoras do capital. É
como se passássemos uma estatal, que rende à Nação seus bons
dividendos, ao poder do mero um por cento que detém as riquezas do
mundo, pois estamos falando em prospecção de minérios e petróleo,
acima de tudo.
Verter
a nossa riqueza que pode dar insumo de capital ao desenvolvimento do
potencial do nosso povo, quando permite que o investimento seja para
o social, na aplicação dos recursos em saúde, educação, pesquisa
e ciência, é como assinar um atestado de óbito na esperança
daqueles que sabem o que realmente é melhor para o país. Sempre que
pensemos que a segurança é fator essencial à toda a população,
temos que ter guardada em nossa mente a consciência de que só será
a partir da educação de um povo que poderemos partir a ter uma
sólida engrenagem que permita alavancar mudanças agora urgentes às
novas gerações de profissionais no país. Pensar em que a
militarização deva estar presente no Estado para coibir o crime é
necessário, mas aventar a possibilidade de que tudo possa ser
resolvido na base da repressão e das balas não é combater as
causas, mas sim as extremidades dos processos que envolvem toda uma
planificação societária. Que não tenhamos mais o lapso do bom
senso, ou seja, que façamos de nossas vidas as nossas escolhas, mas
sem regredirmos no aspecto fundamental destas, pois
qualquer presidente pode dispor de forças variegadas, díspares até,
mas coesas no desenvolvimento humano e ecológico de todo um bioma
necessário que se chama Brasil!
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