Isto
de espelhamento da vida pode parecer banal, mas é fato que agora o
espelho não é mais tão importante, pois o joinha do
facebook está levando tudo que se pensa sobre a aceitação
de um, o curtir ícones de resposta, a funcionalidade do ego.
Sentir-se partícipe de algo, liderar um movimento nas redes sociais,
saber-se algo cônscio das coisas, gera um reflexo de si mesmo no
mundo digital, mas também isola o indivíduo da realidade mais
concreta e física das ruas e seus entornos. Talvez – apenas uma
conjectura – fosse interessante que as ruas não ficassem tão à
mercê da sorte, ou seja, que fossem espaços onde se pudesse
vivenciar o externo, ao invés de ficar-se separado entre um
condomínio e outros. Isso poderia ser o viés de uma reforma urbana
que trouxesse a segurança mais próxima ao cidadão. Desse modo, a
própria tolerância como modalidade compulsória já seria um bom
caminho para apaziguar rixas de natureza das ideias. Aliás,
porventura fazer dos lugares como a lanchonete, uma cafeteria ou uma
banca de revistas cenários de se compartir conhecimento e ideias
seria um começo razoável para termos uma sociedade mais civilizada.
Criar espaços de convivência seria a natureza de algo tão simples
e maior do que uma sociedade onde se pensa que as classes sejam
isoladas sem contatos maiores do que as relações de trabalho, quase
sempre verticais, onde o que se passa com o mais abastado é a
questão do mando, a questão patronal e sindical, onde o conflito
emerge quase sempre nas tentativas de diálogo. O diálogo é fruto
de um pequeno debate, que seja, tenhamos sempre a oportunidade de
debater, e a escola é o cenário propício, onde crianças,
adolescentes e adultos aprendem o conhecimento e suas variantes, as
ideias e os ideais, a concretude técnica e o sonho da arte. A
ciência e a tecnologia, a saúde e a biologia, a literatura e a
história, a filosofia e a física, o esporte, o lazer, o amor… Ou
seja, não será necessariamente obra da providência divina que se
conseguirá estabelecer um Estado que reflita o bom senso, a
humildade de poucos perante o próximo, e que consagre-se que todos
haveremos de ser humildes perante a força da Natureza.
Esses
reflexos de uma sensatez a respeito do modo em pensarmos fazer de uma
sociedade algo mais justo ponteiam largamente em quaisquer
hemisférios, mesmo quando sabemos que algumas pessoas queiram
estabelecer a dependência histórica do Sul em relação ao Norte.
Essa dependência que intimamente àqueles que não compartilham da
posição de quem gosta de ver em países de primeiro mundo o colo
algo paternalista de ser, deve ser reinterpretada em sua modalidade
histórica, pois sempre é mais racional ao país quem tende ao
nacionalismo. Posto de um dever cumprido será a atitude mais
conveniente a que sejamos de temperamento patriota, sem deixar de
respeitar aqueles que inibem a boa atitude… Isso de pensarmos em
entregar nossas riquezas para as mãos de estrangeiros, no mínimo é
coadjuvar com um tipo de patronato internacional, imiscuindo os
aspectos que beneficiariam a maior parte do povo brasileiro, de modo
inepto e contraproducente.
Assim
sendo, o reflexo de algo que não entendemos por muitas vias,
torna-se tão claro quanto a posição mesma de entregar nossas
riquezas com a posição “intencionalmente firme” de solapar ou
mesmo destruir com um poder de referência no atraso, as instituições
que o país tem construído ao longo mesmo de toda a sua história: apenas nasce da ignorância a intenção de quando se quer destruir uma conquista… A justiça não existe para quem tenta o caos do poder relativamente
investido. A plataforma de se contestar pertence ao processo de
construção progressiva das instituições e da própria sociedade.
Afora isso, é exceção da ignorância empodeirada.
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