Por
entre gentes, por diante de carros, no esquecimento do que somos
Parte-se
a um sem par de circunstâncias que não percebemos o que seja
Quem
fora ser, de algum lado, na linha de um verso, que não se recrudesça
Algum
sentimento torpe de estar toda uma vertente esvaindo esperanças!
Segue-se
na alfombra do tempo algo de caminhos que se cruzam, um ar
De
que se perpassa a linha das promessas, um veio que não teima tanto
A
quanto se predita que não se prescreva meio lote de desavenças a
medir
Na
esteira de uma vaidade ao revés, de ganhar-se quem fica mais feio.
A
ver na distância entre um verbo e o outro, quanto se resolveria a
contento
A
questão antiga do discernir qualquer período, qual não seja a
extrema
De
se convencionar que seja, na página correta do que se diz no
anterior
Ao anátema de qualquer vivente que esteja ultrapassando um limite
lógico…
Caminhos
algo tortos que se encontram na retilínea ventura de ir-se
Aos
lugares irretocáveis, belos como certas flores que encontramos
dispostas
Nos
arbustivos, em canteiros inegáveis, na suposição quase certa do
quintal,
Ou
em uma rica estampa de um livro em forma de roupas no corpo da
mulher.
A
mais de não poder-se olhar muito para adiante, sem prever algo que
seja
Ao
menos a sorte de se estar navegando em certas calmarias profundas,
Em
que a mesma sorte não percebe que o que passa a ser correnteza
Não
aparece muito no caudal – fonte – que verte a força submarina!
De
monta a que se seja um frente ao timão de uma embarcação ligeira
A
frente mesma de que olhe mais para adiante para não emocionar seu
ato,
E
que remonte, talvez paradoxalmente, um outro barco que o encontra
Em
outro caminho traçado, a uma carta náutica ausente, do pressentir
apenas.
E o
cunho emocional da tripulação vê uma ordem ser galgada sob
pretexto
De
que o amotinar-se seria algo tão normal quanto o de ser de novo
tentado
A
não fazer o barco progredir em seus caminhos, pois o que dera quase
certo
Na
tentativa derradeira de compor a música das proas, escuta-se apenas
o canto!
Mostra-se
na poesia de tantos e tantos, que porventura ainda surjam
Mesmo
por entre os dentes do destino, quando não se desata uma frente
De
equações variadas e próprias ao próprio e desavisado tentar
consentir
Que
todos os caminhos que levavam a algum lugar, passam por postos de
vista.
Pontos
que são próprios, nas manhãs que percorrem os caminhos traçados à
noite
Por
onde há luzes, não que sejam vistas, mas a luz ofusca o sinal que
transmite
A
comunicação dos sons vários que nos permitimos escutar e pesquisar
as frentes
Em
que outros dormem na invectiva do cansaço de seus dias no lavor da
labuta…
Esse
pertencer a um sistema ou outro, esse percorrer gôndolas de
supermercado
Ou
de pequenos armazéns situados na confluência da facilidade de certo
caminho
Faz-nos
cônscios que nem tudo que se obtém virá através de um sufrágio
dado
Por
tantos que nunca opinaram nas vertentes do que se diga de um lado ou
outro.
Os
dias vertem suas semânticas de cristais, a chuva cede às plantas
seu ouro vida
Que
pertençam – que seja – a um pequeno jardim de quem está ainda a
residir
Por
sempre em casas que limitam por seus muros a habilidade do gesto do
húmus
Em
fazer florescer a pequena primavera que seja irretocavelmente de
tantos que há!
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