sábado, 22 de agosto de 2015

VERSO 30

Eternidade é de nós mesmos em nossas centelhas que somos,
De estarmos na energia que transige a matéria e escolhe o espírito,
Mas que nos mostra que é no espírito que tenhamos a vida em verdade.

Krsna, que me carregues em Teus braços quando nasço para ser
Um a mais de correntes discipulares em que apenas sei que sou devoto.

E esse encontro é fremente e partícipe, pois é através dele
Que encontro as veias da Natureza Material, e seus seres
Que traduzem este mesmo, o ser espiritual onipresente...

Pois em Brahman impessoal também encontramos
A parte que nos conecta na verdadeira conexão
No altíssimo que O encontremos, não por uma vida,
Mas por experiência de uma centena de milhares delas
Todas as que as esquecemos, pois não somos Tu, oh Govinda!

Ainda que tentemos Te procurar, oh Madhava,
Só acontecerá sob sua clemência, e no nosso portar
De abraçarmos as austeridades que nos fazem Te entender,
Mesmo sabendo que nem o maior sábio conhece-Te inteiro...

Posto teres o corpo transcendental, sendo a menor partícula
E no entanto o que há de maior mesmo dentro da limitação
Dos sentidos imperfeitos do ser humano...

Não o compreenderemos jamais do que És em Tua dimensão,
Mas a mais leve aproximação em serviço devocional
Nos mostra a grande ciência espiritual da Bhakti-yoga
Onde conseguimos finalmente refrear os cavalos
Que carregam a quadriga de nossas existências
Dentro de uma missão inequívoca neste mundo material...

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