Quando
nos apercebemos do nada em não sabermos em que estamos
Onde
o pressuposto da existência roga a que não esqueçamos
Que
somos tantos onde estamos e onde somos por si apenas.
O
ser que é um nada não existe, mas que se faça a rogar
Que
saibamos o mínimo de vivermos a nos prezar enquanto seres
Que
navegamos por mares de misérias onde nos fazem brotar
O
que não nos tornamos por exclusão de nosso próprio imo.
A
página de um verso resiste na opinião de um homem
Que
saiba apenas que em um ramo de uma árvore
Brota
outro alguém por nós ignorado na floresta
Onde
não fenecem muitas sementes que são tantas e várias...
De onde viemos todos e para onde vamos, quem sabe será
Onde
partimos todos os dias rumo à uma libertação
De
nós mesmos a outras plataformas onde o poder da voz
Enriquece
o dom de sabermos a nós mesmos nos pronunciar.
Que
será de todos os que vivemos livres a não ser a liberdade
De
sabermos que a dita sociedade que a tudo controla
Não
saberá mais do que nós enquanto não conceder
O
perímetro abrangente e lúcido de uma consciência.
E
assim seguimos sem saber dos que estão circunscritos
A
certos painéis de estrelas do ocaso e vilanias
A
sabermos que o mundo inteiro está vivendo no Ocidente
Como
um caldo que engrossa e é entornado no ventre da discórdia...
Nenhum comentário:
Postar um comentário