segunda-feira, 10 de agosto de 2015

QUE SEJA, A PAZ...

            Na cerimônia católica se diz: eu vos dou a minha paz... Que estejamos sob esta paz, no que mais queremos de tudo. É nessa hora que devemos nos unir, pois um país se constrói com boas intenções, e a travessia é justamente essa, o bom senso em sabermos que estaremos legitimando um Estado de Direito e Fatos na liberdade sem conta que vivenciamos até então, e que não haja tormentas, pois estas não nos motivam, apenas atrapalham o andamento de uma democracia cabal, e nada ilusória. Não façamos divisões entre o que seja, um pensamento alinhado por algo, ou outro, pois a contenda devemos evitar a qualquer custo e assumirmos de uma vez por todas que o governo Dilma Rousseff é plenamente constitucional e saibamos que as críticas diárias e ininterruptas, a exposição da violência em nossas televisões mostra que a nossa fé é intensamente combatida por essas questões de programações e coisa e tal. Não sou propriamente um expert, vivo em uma classe mais abonada, tenho certos confortos, apesar de ter menos em outros casos, pois sofro sempre, principalmente na parte da manhã, em que as medicações me põem mais vulnerável. Mas me trato, exatamente como manda a grande medicina que é a psiquiatria contemporânea, tão fascinante quanto a ciência em si, mas resguardada pelo fator humano. Tenho o conforto dessa grande medicina, talvez por isso ainda concatene bem alguma análise do que sinto, e graças a Deus me brota a ideia.
            Sobre a paz, que pudesse eu ser um tipo de cavaleiro dela, que me animaria a prosseguir lutando sem os inimigos externos, como a luxúria e a ira tão presentes nas nossas sociedades em que sentimos os reflexos, mas daria como ponto importante a compreensão de que todo sentimento de maldade não passa de ilusão, pois não leva a lugar nenhum. Como quando fumo meu cigarro na rua, às vezes sinto que alguém acha desagradável, e passo a não fumar tanto, ou em lugares mais ermos, a evitar sempre que a fumaça chegue a alguém. São pequenos detalhes cidadãos que nos fazem mais puros de espírito, para sabermos lindamente como enfunar bem as velas e prosseguir... A vez agora é da paz de espírito, de que desistamos do impeachment ou qualquer outra espécie de artifício de tomada de poder, pois isso seria grave constitucional e moralmente. Clamo à medicina que aceitem os médicos que venham para este país, não entendo muito, mais creio que aumenta-se a assistência. Quando ensinei arte para enfermos dos CAPs percebi que havia uma sobrecarga nos profissionais da saúde, no que vivenciei que todos têm uma esperança de que a saúde neste país melhore, e o SUS inegavelmente é um plano abrangente, apesar de suas carestias. Esses fatos demonstram, tal como a operação Lava Jato, que estamos cuidando de mostrar ao mundo que somos uma nação transparente, pois a corrupção – convenhamos – já vem de longa data. Isso É aprendizado, pois com os erros aprenderemos melhor e – repito – dentro de uma União pela paz e legalidade democrática. Todos sabem que as pesquisas flutuam, e que no governo FHC, apesar de baixas popularidades ninguém citou sequer o impedimento, mesmo sabendo-se das privatizações sem medidas. Vejo uma presidente da República bem intencionada, é isso o que vejo, dentro de uma proposta de construção e progresso. Tantas são as opiniões contrárias que por vezes não enxergamos qualquer outra, mais positiva, fora dessa tempestade que teimam em alimentar para que o barco em que estão todos os brasileiros sofra o revés da pronunciação de uma crise muito maior que assolaria o país, pois a instabilidade democrática só nos impediria uma boa navegabilidade e nosso parque industrial poderia virar uma sucata.
            É por um sentimento patriota que temos que prosseguir nessa mesma travessia, sem nos manietarmos com extremos que vão do ódio à paixão de modo doentio, pois na verdade, o impeachment não significa nada aos olhos – repito – do bom senso, em pensarmos por uma melhor administração dentro da legalidade democrática, obtida graças ao voto popular, que concede plenos direitos do Executivo à nossa Presidenta da República. Agora, quanto àqueles que assumem que querem um golpe militar, estes depõem seriamente contra qualquer espécie de contemporização, pois pensam com um atraso em que nenhum país da comunidade internacional estaria de acordo, pois, se houver um que esteja, está claramente a favor da barbárie em um país tão maravilhoso como o nosso Brasil. São essas questões que põem um país em instabilidade, mas creio que apesar de tudo, conseguiremos vencer essa crise ética, econômica e humana, dentro dos mesmos questionamentos que norteiam nossas estruturas democráticas, nossas instituições federativas e nossa União que deve prosseguir ao rumo necessário, apesar dessas tempestades temporárias.  
            Resta a questão atávica de nosso planeta: usemos ambas as pernas para caminhar com independência. Não façamos divisão de qualquer espécie, se somos canhotos ou destros, saibamos que o caminho da paz, seja ele católico, muçulmano, hebraico, laico, evangélico, espírita, do candomblé, ou que seja apenas a mesma paz que encontramos em uma boa infância, que não interfira o lado, qual que seja, já que seria impróprio fazer do país uma seara de discórdia religiosa, ou mesmo étnica, de valores, ideológica, ou de qualquer cunho. É premente a União, que não estamos em uma sociedade em guerra e nem queremos estar, e torçamos para passar por essa crise política sem os contratempos de outrora que desejam alguns repetir, já que nossos erros servem para que avancemos no humanismo, e não que apostemos no regresso.

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