segunda-feira, 3 de agosto de 2015

VERSO 27

Escuto os ventos que, silenciosos em suas curvas,
Sabem mais do que silenciam a si mesmos quando sopram
Em outras margens, de rios que fecundam de esperança
Aos mesmos Shastras que, no reverberar védico de um sábio,
Mostram a religação de páginas de Vrndávana de luzes.

Que saibamos das vertentes recorridas de outras páginas
Em outros ventos, algo de sabermos um mínimo que deve
Supor uma grandeza do que nos anima o espírito
Em sabermos que no Paramatma localizado
Reside o Brahmam impessoal que passa no real sentido.

De todo o arcabouço filosófico, nada é pressuposição
A que não saibamos da vastidão de onde estamos,
E quem somos em nossa Svarupa eterna em que saibamos
Que é na divisão do saber que aprenderemos mais
Em sua união com as díspares e constantes descobertas.

A verdade não é fruto de especulação fortuita, nem o modo
De se ver um mundo mais distante de si mesmo,
Pois o que dista dela será mais conforme ao ostracismo
Quando se pontua que uma centelha divina a mostra
Na existência em si em que nasce com a ciência das estrelas.

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