quarta-feira, 26 de agosto de 2015

BARCOS DE AREIA

No que soubermos de uma latitude onde os mares se encontrem,
Seremos mais do que barcos, pois iremos navegar com rochedos,
Quais seres inconclusos que pairam sobre a plataforma dos tempos
E as suas procelas de entendermos que nada é mais imenso do que o mar.

A vida se nos abraça em cordéis de ouro, nas próprias mesas do ano
Em que saiamos a comemorar farturas em nossas colheitas da Terra...

Passo a todos uma voz de esperança, para que saibamos que o opróbio
É próprio apenas dos que submetem à apreciação de certos modais
Apenas a verve especulativa de falar sem economizar linhas de ritmos
Que, saibamos, aparecem tão marcadas em uma mrdanga indiana e na voz
Da flauta brahmínica de ocasiões onde sabemos que religar é o sentido
Da religião que nos abrace caudalosamente as relvas onde Krsna segue
Com seus pés, como a lótus desabrochada em relva macia,
Na paz que transcende o irrequieto demandar de nossos sentidos.

Nem que sejamos pares ao reverso, ou mesmo as veias que rugem na paz
Que só alcançaremos sob a luz mal pronunciada pelas vertigens nuas
Que carregam a vida de muitos, mas que se retraem quando iluminamos
Na voz que nos carrega sobre a planície de nossos sentimentos
E necessário serviço devocional no alto de quem chega a ver demais.

Não nos ofusquemos com a maravilhosa contemplação de algo que há
De toda a imensidão que nos rege, pois se há uma boa batuta no ar,
Sigamos de maestrina que seja, mas saibamos que o verdadeiro piloto
Navega e orienta a humanidade sob um princípio em que esta não vê
Com os olhos onipresentes do Criador e mantenedor da Natureza e tudo
O que sabemos existir a partir de nossos sentidos ainda imperfeitos!

Paz será a onda de agora, a partir do momento em que vemos irmãos
Serenamente atravessando fronteiras, qual um êxodo, qual primavera
Em um gelo glacial inenarrável de seus países de origem, a saber,
Que os muros apenas cercam de ressentimento, pesar e rancores
Todo o povo, independente de qual seja, que se protege com isso...

Levemos a paz onde há guerra, conhecimento onde há trevas, comunhão
Onde haja discórdia, iluminemos nossos caminhos longos e duros
Para que outros possam seguir a mesma Verdade com seus próprios pés.

Um dos segredos, irmãos, é o vento que bate nas folhas, simplesmente...

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