terça-feira, 18 de agosto de 2015

A MADUREZ DOS CACHOS

            Não se sabe ao certo do trigo que seja maduro, ainda que o pão nos traga a boa notícia do alimento... Então, de se rever, que muitos sequer sabem do cotidiano de um bom campo, e suas inumeráveis florestas. Em roças mais morenas o braço do camponês trilha a vereda incansável de sua foice e pequenos arbustos testemunham as vezes em que o homem silencia seus braços. Por vezes de ébano expatriados, desde tempos em que a “normalidade” era brutal como o açoite. Por se trabalhar, apenas, o fremir-se gesto de fartura da “humanidade”, que ainda se encontra um reflexo no olhar do branco em seus preconceitos remotos e injustificáveis contra cor e o que chamam de loucura. Mas a maturidade existencial recorre em páginas ágeis em nossas histórias de povos, nações, fronteiras sem dispor de ocasos que não sejam apenas o repouso do sol, o amanhecer de uma estrela, a vésper no voo de um pássaro de hábitos noturnos... Assim recebemos gentes de outros territórios, assim democratizamos o conhecer de vidas quase anônimas, não fora por contendas centenárias, em que o peso colonial subjugou nas suas subtrações inequívocas dos desacertos.

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