Quais
sejam tantos os inumeráveis dotes do mundo em que sentimos
Que
se aproxima uma repetição de algo que nunca conhecêramos
A
que se revele em uma simples placa de carro, seus fragmentos,
Talvez
no número de fonemas em uma poesia tardia de outro ontem,
Nas
linhas dos versos que se enumerem, mas não necessariamente
Para
que datas nos lembrem de uma memória histórica concatenada...
O
número um é precursor, mas não existe sem o que vem, que seja,
O
dois, a que não se precise soma, mas obviamente teremos algo mais
Do
que apenas uma cifra, que pulemos para um próximo do nove.
Do
passado, não negativemos nas abcissas as coordenadas de referência,
Pois
a memória sente mais importância a que relembremos um pouco
A
mais do que seria o numeral do mundo, este que em cada país receba
O
seu lote da história tantas vezes lida mas por vezes mal pronunciada.
Em
que data a queda da Bastilha, mas em outro detalhe, por qual porta,
Em
que números, quantos estavam, as datas, as horas, e o tempo
Sempre
mostra que na construção e na destruição mostra-se implacável.
O
número das faixas de pedestres talvez marque os passos de um idoso
Quando
este tateia com seus pés a serenidade de sua mesma história
Em
que cada passo revela a experiência de sua vida, independente,
No
seu taciturno existir, que o seja, como os números de pedras
Que
erigiram no gótico e seus maravilhosos encaixes a ascensão
Das
alturas que revelam em números de arte a arquitetura do mundo!..
Os
numerais antigos emblemam os peixes de um pescador no unitário
Em
que os gestos de sua rede mostram em suas vilas o de se propor
Que
se acompanhe a mais da pescaria, em que dois remos bastem
Para
um mar de ondas médias, mas enumeráveis em sua eternidade.
Que
não se contem as uvas dos vinhedos, mas se sabe da preciosidade
Das
garrafas do bom vinho onde encerra-se que alguns goles devem
Proporcionar
o prazer que um afortunado sente na comunhão do sacro.
Os
números erguem de um modo preciso uma arquitetura, pois que esteja
Erguida
a um tempo em que haverá de um encaixe, de um prego,
Ou
no plasmar-se de mil quilos de cimento, para a areia igual,
E
que a água verta de seu volume a olho, plasmando baldes numéricos
Sem
saber ao certo se sempre contamos, ou simplesmente construímos...
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