domingo, 16 de agosto de 2015

VERSO 29

Disto de Tuas certezas, que És o imorredouro princípio e fim
De toda a Natureza Material, posto uma presença cabal
Em todos os acertos dos passos de uma insignificante formiga
Ao tremor inquieto de um grande vulcão falsamente adormecido...

Passo os dias com uma felicidade imensa em Te ter, oh Krsna,
Amigo de todos os meus entristeceres igualmente, que teço por vezes
Um sentimento de medo por pensar em esquecer quando esqueço...

Visto que És tudo em que vivo, não sei de mais nada a não ser ter-Te
Como um maestro de minhas aulas diárias em que apontas
No voo inquieto de um pássaro que adormece uma estrela
Quando por um instante passa por ela em que a sinto Sua falta!

Srikesa, És conhecedor da Natureza Material, e agora repouso
Sob Tua flâmula espiritual, onde vertes os mananciais que não esgotam
A mais remota esperança de Te ver brincando em Vrndavana
Em que Radharani escuta de Tua flauta maravilhosa...

Posto que sou um grão de areia em Teus mundos, És tudo
Do que alguém jamais pensou existir na onipresente face
Que mesmo em todas as nossas dificuldades nos reside imutável...

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