sábado, 1 de agosto de 2015

O TABULEIRO IMAGINÁRIO

Cinco jogam no tabuleiro suas ideias de vitórias, apesar de negarem
Que suas peças nem sempre os representam, nos peões que atravessam
Acompanhados de cavalos com doze cilindros, ou barcos com bispos
Que trafegam sobre um rio de quatro flancos, em que o nível da água
Soletra aos índios o solar em suas multidões de espelhos...

Os castelos creem que são mais do que torres, e os peões meramente
Residem no seu passo inquieto, ao ignorarem que há damas em falsete
Que predizem a vastidão do infinito quando ignoram a presença do rei.

O rei inexiste, pois se soma a maioria do que seus peões, e tece
A renda duas alas para si, enquanto outras torres cobrem
Com suas antenas a materialidade da farsa em cinco ou mais dos seus.

Um jogo de tabuleiro de registros, as peças suando por vezes na linha
Que se propõe reta no ir e vir de outras propostas, que seja, apenas
O trânsito desimpedido de um tabuleiro sem regras nem estratégias...

De se formar um modo de subtrair contendas, no mote sem mates ou paz
Como finalidade do jogo, mas que cinco seriam demais com as mãos
Que se atrevem a verterem fantoches sobre os mesmos delírios céticos
Que travam a consecução de uma ordem qualquer a predispor uma mesma fé
Necessária a que tomemos como base o pressuposto de estarmos em dia
Com a vitória inabalada e já conquistada de nossa aprumada cidadania! 

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