De se montar um puzzle, com todas as peças diante de uma habilidade
No que fosse com um pouco de bigode, este que demanda o
aparar
Que não seja, apenas fosse um pouco do canhoto significado
Ao que se faça um gol com ambos os pés, e que o calcanhar
fortifique.
Ignoto sonho que não se tem em noites em claro, a se
descobrir
Dentro de algum conforto que há um computador no quarto,
Alguma letra de sonho, onírica, rica, sem conflito maior do
que um tom...
E vem chegando um sono, quiçá um sono bom, adormecido em
uma lei
Que preze o bom costume de se saber que o andamento do
repouso
É questão de sintoma de saúde, e que se reconforte o pobre
das ruas...
Naquilo de acordar-se no repentino madrugar, qual fora,
horas a mais
Em que significaria muito do que se manda rogar um tempo a
uma vista
Que demanda estarmos perto do mar a ver uma montanha
distante
Que talvez fosse o alfarrábio dos justos, uma morada, uma
cachoeira!
Não quem desse um pouco mais de si, quem diria, seria uma
atitude
De muita atmosfera, esta mesma, que perdemos dia a dia em um
amiúde
De miudezas, nas dezenas conflitantes, na quarentena do bom
senso,
Em palavras jogadas já rotas dentro da superfície dos
mundos!
Disto de sermos feitos de algum vocábulo, tanto de nos
dizermos que há
Por certo alguns que nem sempre são ditos, fechados em
segredos de tons
Onde uma música inglesa ferra sempre as mesmas palavras
como um tambor
Chamado fear and pain,
onde se suplante que essa música seja de um agrado...
Talvez se desse conta um grande estrategista da supremacia
que não se sabe
Quando ainda se a possui o verbo, de um som recalcitrante
que remeta
A uma origem fundamental de nossa existência, quem dera, se
lêssemos
Pelo menos um arremedo de Vinícius, ou alguma página de
Neruda!
Ah, quem dera o poeta não fosse tão saudoso de um vento
cálido que sopre
Em uma terna aurora da poesia que não fora, mas que se
revele no olhar
De uma mulher morena que não teime em pintar seus pelos da
cor branca.
Não diste da poesia algum significado outro, que os tempos
são duros quando
Nos propomos a assim torna-los, onde o enfeixamento
feminino revela a crueza
De não possuir a verve da delicadeza e da ternura, quanto
mais do masculino
Ser a ponto da monstruosidade em que se torna a natureza
humana...
Seriam mais e mais páginas de um sonho, de um onirismo
repleto, que não somos
Quem acredita que sejamos, pois o ato não remonte o passado
algum
Quando nos apercebermos que a carapuça quem veste é o sonho
da história
Que jamais se repete nas alfombras cintilantes do tempo,
este, eterno!
Em um diálogo de antemão quanto de sinceridade, em algum
conceder-se
Percebemos quão raro é tal diálogo, e que monta de ilusão
ensombrece a gente
Na visão que possuímos do nada, e no nada submergimos dia a
dia
Quanto de parecermos que não estamos mais sequer no mundo,
mas em academia.
Na vida acadêmica o verso é mais metálico, as vozes são
peremptórias, a vida
Escarnece do sensível, o material é vasto conforme a
necessidade, mas a escola
Retém meritoriamente o conhecimento de monta a que nos
remonte outras lidas
Com a precisão milimétrica de um torno para aço, de quem a
mão seja bendita!
No entanto, não é colocando a lenha que o fogo aumenta,
posto a brasa assa o pão
No calor da economia, e que o ânimo seja pausado em todas
as vertentes
Para que se cresça na consciência que seja progressiva, e
que se não pare
Naquela plataforma da vigília sem vigília, no que não
existira antes do que nunca!
O verso é maior quando queremos que seja, é menor quando a
métrica cansa
E o ritmo do tempo de uma física que o relata como a
rotação do planeta
Não nos relaciona diretamente com a coerência, mas ensina
que esta é maior
Quando um certo tom de humildade se faça presente no pulsar
das sístoles...
Essa mesma compreensão factual, que enobreça o caminhar
progressivo,
A pouparmos conquistas da sociedade, e a colocarmos a
balança dos justos
No equilíbrio devido, devida a continência que faça de
todos reparações
Onde dormir possa vir de dentro e aflorar o sonho possa ser
um lado eterno.
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