Resta a alguma procedência o fato do
abuso ter se alongado tanto, nos dias em que coabitamos o novo milênio? Será
tarefa de guardiões do que supomos alguma liberdade o outro fator de que esta
esteja se restringindo, com a ausência do estímulo à cultura, às artes e à
filosofia? São questões que teremos que abraçar ainda para que uma Constituição
Brasileira faça-nos parte, nos constitua por igual, por sempre, por mais, e que
seja melhor ainda em seu progresso, naquilo que esperamos de uma nação, do
respeito à democracia e à Constituição, pois quem manda é o povo com sua
soberania. Mas isso é chover molhado, pois o que ensombrece o olhar é ver que o
país não possui mais quase a interlocução necessária entre o seu povo e os seus
governantes. Por exemplo, saber que um governante fica extasiado depois de
matar um homem de dentro de um helicóptero é assombroso, não tanto pela
precisão, mas pela festividade simbólica por se tirar uma vida, seja esta de um
facínora ou não. É ver que se dá corda para o ato em si, ou seja, um assassínio
impetrado por uma força no mínimo desproporcional e que, convenhamos, é bom
estar em Santa Catarina, onde ao menos o Governo é mais humano e efetivamente o
é. Mesmo porque, servir à sociedade para salvar vidas é mais honroso e, no
mínimo, nos dá conta de possuirmos uma força correlata com virtudes próprias,
de um Estado civilizado: de um Sul civilizado... Haja peões na seara da cidade
maravilhosa, e a quanta andava sua cultura – qual ande ainda – desde que se
supõe uma guerra: apátrida e covarde. Quantos são da milícia? Por ventura não
havemos de questionar muito, mas a pergunta que se faz é pertinente, pois
prédios que vêm do nada precisam dos da obra, e quantos recebem para coadjuvar
com a hediondez desse crime? Havemos que ser retirantes das queixas? Se há
relação intrínseca do governo de onde for com essa brutalidade a investigação
não deva cessar nem por sombra do espirrar-se.
Seria do começo de uma epígrafe se
ditar, que não haja crítica, do se ditar, que não postemos um caráter qualquer,
que sejamos homens e mulheres, a bem dizer, faltam mais homens que mulheres,
pois estas têm revelado uma coragem de um quilate muito maior e mais extenso...
Pois bem, homens e mulheres, infantes de uma nação, reuni-vos para um arremedo
de esperança, qualquer que seja a praça: que haja mercado, que este exulte, por
sim, para que sigamos um pouco em linha reta. Poderíamos dar motes de nos
separar, mas a União é mais presente, sempre quando estamos na condição de
sermos patriotas, e pensamos no bem comum de todo o país, sem alocarmos
direitos, ou suprimirmos as liberdades individuais e coletivas. Siga-se um parâmetro,
um prumo... Até mesmo um esquadrinhar aéreo, terrestre e marinho. Unir forças
sem estar compulsoriamente a crer que não fazemos parte de qualquer dimensão de
poder, pois nossos votos são permanentes, e as respostas do povo se dão de modo
diário, hora a hora e minuto a minuto. Somos vozes e diálogos, estamos nos
displays eletrônicos, com todos os meios mais modernos de um telégrafo
gigantesco, da dinâmica de novos ofícios, do resguardo necessário dos antigos e
a vez da construção civil. Se quisermos estabelecer uma condição de melhorias
no tempo em que estamos vivendo sob algum óbice, tratemos de nos unir no plano
da comunicação, a ver que o tempo rumina coisas que estão no engasgo, mas não
foram engolidas, porquanto ainda em processos de digestão. Nessas meias horas
de nos contemplarmos com nossos pares, haveremos de pensar melhor em nossas
atitudes, e abrirmos certas concessões importantes, mesmo sabendo que por vezes
a fome de poder é o que leva abaixo todo o processo de desenvolvimento do
caráter e da ação humanos. Esse diálogo alterno com as relações que buscaram
suas forças nos critérios do que se acha novo mundo para grupos e atuações
diversos, revela que no mundo o mundo é tal como o conhecemos e as tecnologias
novas não deem asas à imaginação, mas resultem como um processo de
desenvolvimento humano. Este que para alguns países está rendendo frutos
maravilhosos e para outros (na rebarba dos sistemas) a questão das riquezas não
fica tão palpável e os diálogos recorrentes por vezes são de desesperança. Mas
nunca é tarde para se unir forças, ajudar a iluminar as frentes profundamente equivocadas
e fornecer as luzes necessárias àquelas que sensatamente buscam soluções
sinceras. Pode se dar em um pacto federativo, nos diálogos frente às oposições
e refratar máculas de ódio e tentativas vãs de promover os fantasmas da tirania
que, neste milênio em que nos encontramos, não possuem mais espaço nas novas
fronteiras que ainda hão de mostrar a força latente e prática de paz e solidariedade
humanas.
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