Uma pergunta deve ser feita a um propósito de como seremos sempre,
em nossas dificuldades de um trabalho, um estudo ou similares. Talvez
sejamos distintos quando passa o tempo, mas devemos acreditar na boa
proposta de vida, e o que pretendemos como justiça social. No
entanto, ela só tem um lado, e corremos por vezes de um lado a outro
para alcançar a pretensão de nossos atos, ou atitudes perante a
vida. Nunca deixará de ser um dilema a equação consensual de
agradar gregos e troianos… Requer-se apenas um mote evidente de
união das forças para que a sociedade como um todo cresça para
todos. A dupla totalidade, que pode ser acrescida de diversos
posicionamentos e ideários, posto a postura intelectiva não ocorre
como na prática de um gesto fraterno perante a idiossincrasia
hipócrita.
Infelizmente, coisas duais como frio e calor, rancor e amor, mal ou
bem, etc, devam ser toleráveis porquanto algumas dessas dualidades
são concretas enquanto outras dependem de todo um contexto. Não há
farsa todo o tempo e, quando esta é nociva, deva ser evidenciada
como algo prejudicial, no que – no dolo, quando há – que se
tomem as medidas cabíveis. Se um trabalhador por alguma fatalidade
se fere na fábrica, seus diretores têm por obrigação reparar o
erro com indenização ou similar. Isso é real. Se, por outro lado,
alguns estudiosos se reúnem para estudar a Terra plana, no mínimo é
uma ilusão sem tamanho, mas devemos respeitar aqueles que querem
convictamente ser ignorantes. Pois que a ignorância é uma
modalidade crescente na realidade dos países pauperizados e a
indolência, o sono excessivo e a loucura são algumas de suas
manifestações. O fato de existirmos frente a todas as dificuldades
inerentes ao mundo contemporâneo revela nossa profundidade, quando
queremos a veracidade acima de tudo. No entanto, a ciência
espiritual nos revela muito do que supomos desejar, quando permitimos
em algum agrupamento de ensino que cada qual procure a sua vertente
religiosa, mantendo um debate vivo em classe, mas não impondo a
crença tal ou qual para os estudantes. Do mesmo modo, o
aprofundamento filosófico deva fazer parte das modalidades de
ensino, qual não fosse a ciência o verdadeiro espaço de uma
escola, igualmente na vertente do ensino da arte e da literatura, da
história e da antropologia. Talvez seja pedir demais na demanda por
uma educação de vanguarda mas, se temos por espelhamento diversas
nações do primeiro mundo, podemos copiar as grades curriculares
para serem utilizadas em nosso país. Obviamente, quando lemos de
ótima literatura, a tendência mais do que natural é que
confrontemos (no mínimo) uma existência mais superficial com outra
profunda, valorada e fértil para nós mesmos e a sociedade em geral.
Essa questão existencial remonta quiçá até mesmo a visão das
cavernas de Altamira onde a arte rupestre revelava uma questão
fundamental do simbolismo e poder místico de homens primitivos
culturalmente. No que abertamente nos perguntamos o que seria uma
vida primitiva, posto em aldeias de índios da Amazônia, por
exemplo, o comungar com a Natureza é mister de ser observado e
levado a termo como exemplos dos ancestrais de nossa pretensa
civilização, propriamente europeia.
Não há como compartimentalizar o conhecimento, e a razão que deve
nos impulsionar é o diálogo permanente conosco mesmos a fim de
realizar a contento o grau de prospecção do que seremos amanhã,
depois de sufocados pelo consumo com raízes frouxas, porquanto a fé
na Natureza deva merecer o impacto de uma certeza: aquela em que não
se possa crer vivermos sem ela, pois até mesmo o significado da
palavra saúde venha da amplidão em respeitar corretamente a flora e
fauna.
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