quarta-feira, 20 de novembro de 2019

A PROFUNDIDADE DA EXISTÊNCIA


          Uma pergunta deve ser feita a um propósito de como seremos sempre, em nossas dificuldades de um trabalho, um estudo ou similares. Talvez sejamos distintos quando passa o tempo, mas devemos acreditar na boa proposta de vida, e o que pretendemos como justiça social. No entanto, ela só tem um lado, e corremos por vezes de um lado a outro para alcançar a pretensão de nossos atos, ou atitudes perante a vida. Nunca deixará de ser um dilema a equação consensual de agradar gregos e troianos… Requer-se apenas um mote evidente de união das forças para que a sociedade como um todo cresça para todos. A dupla totalidade, que pode ser acrescida de diversos posicionamentos e ideários, posto a postura intelectiva não ocorre como na prática de um gesto fraterno perante a idiossincrasia hipócrita.
         Infelizmente, coisas duais como frio e calor, rancor e amor, mal ou bem, etc, devam ser toleráveis porquanto algumas dessas dualidades são concretas enquanto outras dependem de todo um contexto. Não há farsa todo o tempo e, quando esta é nociva, deva ser evidenciada como algo prejudicial, no que – no dolo, quando há – que se tomem as medidas cabíveis. Se um trabalhador por alguma fatalidade se fere na fábrica, seus diretores têm por obrigação reparar o erro com indenização ou similar. Isso é real. Se, por outro lado, alguns estudiosos se reúnem para estudar a Terra plana, no mínimo é uma ilusão sem tamanho, mas devemos respeitar aqueles que querem convictamente ser ignorantes. Pois que a ignorância é uma modalidade crescente na realidade dos países pauperizados e a indolência, o sono excessivo e a loucura são algumas de suas manifestações. O fato de existirmos frente a todas as dificuldades inerentes ao mundo contemporâneo revela nossa profundidade, quando queremos a veracidade acima de tudo. No entanto, a ciência espiritual nos revela muito do que supomos desejar, quando permitimos em algum agrupamento de ensino que cada qual procure a sua vertente religiosa, mantendo um debate vivo em classe, mas não impondo a crença tal ou qual para os estudantes. Do mesmo modo, o aprofundamento filosófico deva fazer parte das modalidades de ensino, qual não fosse a ciência o verdadeiro espaço de uma escola, igualmente na vertente do ensino da arte e da literatura, da história e da antropologia. Talvez seja pedir demais na demanda por uma educação de vanguarda mas, se temos por espelhamento diversas nações do primeiro mundo, podemos copiar as grades curriculares para serem utilizadas em nosso país. Obviamente, quando lemos de ótima literatura, a tendência mais do que natural é que confrontemos (no mínimo) uma existência mais superficial com outra profunda, valorada e fértil para nós mesmos e a sociedade em geral. Essa questão existencial remonta quiçá até mesmo a visão das cavernas de Altamira onde a arte rupestre revelava uma questão fundamental do simbolismo e poder místico de homens primitivos culturalmente. No que abertamente nos perguntamos o que seria uma vida primitiva, posto em aldeias de índios da Amazônia, por exemplo, o comungar com a Natureza é mister de ser observado e levado a termo como exemplos dos ancestrais de nossa pretensa civilização, propriamente europeia.
          Não há como compartimentalizar o conhecimento, e a razão que deve nos impulsionar é o diálogo permanente conosco mesmos a fim de realizar a contento o grau de prospecção do que seremos amanhã, depois de sufocados pelo consumo com raízes frouxas, porquanto a fé na Natureza deva merecer o impacto de uma certeza: aquela em que não se possa crer vivermos sem ela, pois até mesmo o significado da palavra saúde venha da amplidão em respeitar corretamente a flora e fauna.

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