sexta-feira, 15 de novembro de 2019

O SEMPRE É UM ETERNO APRENDIZ


          Na vida que qualquer um mereça, posto quando falemos da cidadania, o aprendizado é contínuo. Aprendemos com o tempo, vemos a equação ser resolvida, queremos o melhor para um professor ou um aluno, e por vezes perdemos tempo tentando equacionar coisas praticamente insolúveis. Como na máxima do AA, no que não podemos mudar deixemos a serenidade nos governar, posto é maior a conformação de uma latitude onde as coisas não mudam do que um esforço em vão no ímpeto mal equacionado de transformar coisas que não coadunam com nossa realidade. Sempre estamos em um tipo de luta, algo interno, uma briga de se sobreviver condignamente, e para isso podemos ser aprendizes da própria vida, suas crenças, sua fé, ou o olhar pousado atentamente na superfície do que existe, do que se nos apresenta como fato, como um emblema que retrata a nossa situação: o status, a qualidade que já temos alcançada.
           As vertentes do conhecimento possuem origens as mais diversas, posto mesmo um analfabeto por vezes possui o saber profundo de sua existência, qual não fosse uma população indígena que possui sua própria cultura, sem muitas letras, no que não diste alguém que não saiba escrever, mas lê nas fímbrias do sem conta inumeráveis detalhes que mesmo algum doutor não saberia relacionar com exatidão relativa. Por exemplo, em um movimento de gingado: quando o analfabeto aprende a gingar a capoeira, talvez tenha maior conhecimento da ginga quando o doutor, ou o engenheiro não possui a prática dessa arte. Assim como na pintura, nas artes, na literatura. Saiba quem, mas aquele que é um bom pintor quiçá nada saiba do Direito, e vice e versa. Navegamos portanto por sinais de especializações do conhecimento, e jamais poderemos afirmar que uma profissão é mais importante do que a outra, mesmo sabendo que algumas já possuem algoritmos prontos esperando nas filas tecnocratas. A tecnocracia é a burocracia da técnica, daquilo que sempre incutem contra as populações, onde antes seria a medicina, hoje é a robótica… Talvez o melhor cirurgião não queira proceder uma operação com o auxílio da máquina, pois a hora em que tem que decidir sobre uma intervenção particular e humana o faz de escolha, sem necessariamente com o foco do olhar eletrônico. Assim com tudo, o que quer-se e pretende-se dizer com essas premissas é que jamais deixaremos de aprender com as modalidades diversas de ocupação, do lavor, pois deste depende o funcionamento social como um todo na aprendizagem continuada.
          O professor tende a ser a própria e contínua e necessária forma de gerar conhecimento ao aluno, e sempre a aula presencial deve ser valorizada como fundamento crucial do desenvolvimento humano, pois de modo remoto e à distância não se aprende tão bem, pois é em sala com seus recursos e na presença física do educador que o processo mais cabal de conhecimento se dá, incluso sobre o aspecto de uma orientação aproximada, humana e coerente com o pensamento e seus rebatimentos, de cada qual, qual seja, de qualquer geração. Essa compreensão faz sentido quando realocamos o tempo eterno como caudal de um tipo necessário de conservadorismo, antes que o ensino se mensure como em um ábaco, ajeitando as fiadas, e pensando em encaixar, onde por vezes isso sequer aconteça, gerando desistências com maior facilidade. A tecnologia, portanto, vem a dar o suporte para o ensino, este que deve ser orientado presencialmente, quando a instituição realmente se diz mais séria e mais capaz de ensinar matérias exatas, biológicas ou humanas. Mesmo porque se deve saber que a separação entre essa temática nem sempre é logicamente correta, e a história, por exemplo, é tema relevante e corrente à aplicação de quaisquer dessas áreas.

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