Na vida que qualquer um mereça, posto quando falemos da cidadania,
o aprendizado é contínuo. Aprendemos com o tempo, vemos a equação
ser resolvida, queremos o melhor para um professor ou um aluno, e por
vezes perdemos tempo tentando equacionar coisas praticamente
insolúveis. Como na máxima do AA, no que não podemos mudar deixemos
a serenidade nos governar, posto é maior a conformação de uma
latitude onde as coisas não mudam do que um esforço em vão no
ímpeto mal equacionado de transformar coisas que não coadunam com
nossa realidade. Sempre estamos em um tipo de luta, algo interno, uma
briga de se sobreviver condignamente, e para isso podemos ser
aprendizes da própria vida, suas crenças, sua fé, ou o olhar
pousado atentamente na superfície do que existe, do que se nos
apresenta como fato, como um emblema que retrata a nossa situação:
o status, a qualidade que já temos alcançada.
As vertentes do conhecimento possuem origens as mais diversas, posto
mesmo um analfabeto por vezes possui o saber profundo de sua
existência, qual não fosse uma população indígena que possui sua
própria cultura, sem muitas letras, no que não diste alguém que
não saiba escrever, mas lê nas fímbrias do sem conta inumeráveis
detalhes que mesmo algum doutor não saberia relacionar com exatidão
relativa. Por exemplo, em um movimento de gingado: quando o
analfabeto aprende a gingar a capoeira, talvez tenha maior
conhecimento da ginga quando o doutor, ou o engenheiro não possui a
prática dessa arte. Assim como na pintura, nas artes, na literatura.
Saiba quem, mas aquele que é um bom pintor quiçá nada saiba do
Direito, e vice e versa. Navegamos portanto por sinais de
especializações do conhecimento, e jamais poderemos afirmar que uma
profissão é mais importante do que a outra, mesmo sabendo que
algumas já possuem algoritmos prontos esperando nas filas
tecnocratas. A tecnocracia é a burocracia da técnica, daquilo que
sempre incutem contra as populações, onde antes seria a medicina,
hoje é a robótica… Talvez o melhor cirurgião não queira
proceder uma operação com o auxílio da máquina, pois a hora em
que tem que decidir sobre uma intervenção particular e humana o faz
de escolha, sem necessariamente com o foco do olhar eletrônico.
Assim com tudo, o que quer-se e pretende-se dizer com essas premissas
é que jamais deixaremos de aprender com as modalidades diversas de
ocupação, do lavor, pois deste depende o funcionamento social como
um todo na aprendizagem continuada.
O professor tende a ser a própria e contínua e necessária forma
de gerar conhecimento ao aluno, e sempre a aula presencial deve ser
valorizada como fundamento crucial do desenvolvimento humano, pois de
modo remoto e à distância não se aprende tão bem, pois é em sala
com seus recursos e na presença física do educador que o processo
mais cabal de conhecimento se dá, incluso sobre o aspecto de uma
orientação aproximada, humana e coerente com o pensamento e seus
rebatimentos, de cada qual, qual seja, de qualquer geração. Essa
compreensão faz sentido quando realocamos o tempo eterno como caudal
de um tipo necessário de conservadorismo, antes que o ensino se
mensure como em um ábaco, ajeitando as fiadas, e pensando em
encaixar, onde por vezes isso sequer aconteça, gerando desistências
com maior facilidade. A tecnologia, portanto, vem a dar o suporte
para o ensino, este que deve ser orientado presencialmente, quando a
instituição realmente se diz mais séria e mais capaz de ensinar
matérias exatas, biológicas ou humanas. Mesmo porque se deve saber
que a separação entre essa temática nem sempre é logicamente
correta, e a história, por exemplo, é tema relevante e corrente à
aplicação de quaisquer dessas áreas.
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