quinta-feira, 28 de novembro de 2019

A EXISTÊNCIA DE UM SER


O ser em si, seja qual for, um crustáceo no mangue, uma ave de arribação,
Um homem desconstruído pela prerrogativa de descartes de ocasião,
Um perfume que emane de um jasmineiro, a ausência de culpa na predação,
Um ser desconforme com seus instrumentos de devastação, o óleo bruto,
O meio e a circunstância, o paradoxo e a instrumentalização dos contextos,
A vida que se quer e que não nos aproxima, as vertentes do algo de rancor…

Se queira algo mais do que um contêiner fechado até a medula, próprio
De um módulo de programação, a saber, que nem toda a aritmética é exata
Porquanto só aos números não roguemos nossos serviços, já que a Natureza
Possui todos eles: na conformação geométrica de uma rocha e no passar de seres.

No múltiplo véu que concretiza nossa ilusão estará quiçá a conformação
Que nos ensombre o tempo, pois este não possui retrocessos, no que é
A passagem recontada da hora e do dia, do que temos algo do presente,
Do imediato, daquilo que não pereça nos dias em que seremos taciturnos!

Essa veia do que não fôramos, será um tanto de nos dizer o que somos
Quando de botões seremos seres contemporâneos do mesmo modo
Em que não sejamos a circunstância do que não exista no mundo…

E se existir efetivamente algo, voltemos na circunspecção de tal forma
Que a linha que sucede significar em um trecho qualquer da infâmia
Retorne seu significado outro de sabermos por onde reside o laurel.

E do tanto que se diga, a existência de uma espécie, podemos ver
Que a nossa almeja não estar em extinção, mas apenas no egoísmo
De termos levado tão pouco tempo a destruir a mãe Natureza!

E dessa estranha pátria dos viventes, a pureza de um pássaro
Estaria mais sujeita a que encontremos em outros seres domésticos
Um afeto sem conta: a simbiose que deixamos de lado com estranhos…

Rogue-se ao Criador que nos ajude ao menos que tenhamos a consciência
De parar com a devastação sem tréguas, que fazem de uma barragem
Que apenas visa ao lucro o apontar-se do erro, na litigante luta da correção.

E se vier um nome qualquer de um animal, que seja, saibamos que o menor sinal
Dá mostras de que os índios nos tragam exemplarmente a vida que mantém
No seu viés de proteção aos biomas e reservas no extrativismo de sustento em reservas.

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